Qualidade do ar em áreas no Vale do Aço é classificada como "moderada" e “ruim” nesta quarta-feira
Este ano, Minas Gerais já registrou mais de 4 mil focos de incêndio em vegetação. E quem mora no Vale do Aço já percebeu esse aumento
Por Plox
04/09/2024 18h56 - Atualizado há 3 dias
Tempo seco, baixa umidade do ar e queimadas têm contribuído para o registrado de níveis de qualidade do ar considerados "moderado" e “ruim” no Vale do Aço. Os índices nos Painéis de Monitoramento acendem um alerta sobre o aumento de incêndios florestais na região. Este ano, Minas Gerais já registrou mais de 4 mil focos de incêndio em vegetação. E quem mora no Vale do Aço já percebeu esse aumento. A situação preocupa as autoridades e empresas locais, que estão empenhadas em combater os focos de incêndio. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta laranja de perigo para baixa umidade para 15 estados e o Distrito Federal. Veja os detalhes na Live sobre os índices de qualidade do ar no Vale do Aço.
Por meio do site do Ministério do Meio Ambiente, é possível acompanhar o índice de qualidade do ar nas estações de monitoramento espalhadas pelo Vale do Aço.
Este ano, Minas Gerais já registrou mais de 4 mil focos de incêndio em vegetação. Esse é o maior número desde 2010. E quem mora no Vale do Aço já percebeu esse aumento.
Usiminas reforça ações de combate a incêndios em Ipatinga
A Usiminas vem intensificando, desde o mês de agosto, seus esforços no combate aos incêndios em Ipatinga, e essa mobilização permanece em setembro. A atuação da empresa envolve suas Brigadas de Incêndio Florestal, responsáveis por cuidar das áreas verdes, além do suporte de bombeiros profissionais e do Corpo de Bombeiros Militar. A Usiminas reforça a importância da colaboração de toda a comunidade. Pequenas atitudes são essenciais para prevenir novos incêndios.
O bombeiro civil da Usiminas, Roberio Abreu Arruda, aponta que grande parte dos incêndios em vegetação decorre de alguma interferência humana. Seja algum descarte irregular de material, alguma fonte de ignição com interferência humana. “Pode ser alguns materiais que podem ser como fonte de ignição, algum toco de cigarro ou algum produto, principalmente sólidos e inflamáveis, que podem ocasionar um desprendimento de particulados. E com a vegetação seca, devido à escassez de chuva que vivemos, que estamos passando, pode prosseguir para um princípio de incêndio e posteriormente progredindo para um incêndio em vegetação de média e grande proporção. Então é preciso ter um senso de consciência muito grande das pessoas, da população, para evitar esse tipo de ocorrência de incêndio e vegetação”, esclarece.
A gerente de meio ambiente da Usiminas, Mônica Lima, explica que a interferência das queimadas na qualidade do ar vem sendo acompanhada por meio das estações de monitoramento espalhadas por Ipatinga.
“A central aqui funciona 24 horas por dia, e nós estamos acompanhando tudo que acontece aqui dentro e lá fora também. Lá fora a gente tem as quatro estações de monitoramento da qualidade do ar, a gente tem câmeras onde a gente consegue visualizar as áreas de preservação. O que a gente tem observado é um aumento dos resultados de concentração de partículas inaláveis, é um índice de qualidade do ar moderado em função do que a gente está observando pelas câmeras de queimadas. São queimadas que estão acontecendo aqui no entorno, nas áreas de preservação ambiental da região de Ipatinga, e essas queimadas, quando elas ocorrem, elas geram muitas partículas que a gente chama de fuligem, que causam esse resultado. Mais elevado de concentração na atmosfera e esse resultado ruim, moderado, na verdade, de qualidade do ar.
Colaboração da comunidade é essencial
Apesar dos esforços realizados pelas equipes de combate, a empresa ressalta que a colaboração da comunidade é imprescindível para controlar o avanço das queimadas. As autoridades locais também destacam que, sem o apoio dos moradores, será difícil conter o problema de forma eficaz.
Boletim Diário da Qualidade do Ar, conforme Guia Técnico do Ministério do Meio Ambiente
O monitoramento da qualidade do ar é realizado para determinar o nível de concentração de um grupo de poluentes universalmente consagrados como indicadores, selecionados devido à sua maior frequência de ocorrência na atmosfera e aos efeitos adversos que causam ao meio ambiente. São eles: material particulado (poeira), dióxido de enxofre (SO2), monóxido de carbono (CO), dióxido de nitrogênio (NO2) e ozônio (O3). Para cada uma dessas substâncias, foram definidos padrões de qualidade do ar, ou seja, valores de concentração que, quando ultrapassados, podem afetar a saúde, a segurança e o bem-estar da população, bem como ocasionar danos ao meio ambiente em geral. No Brasil, os padrões de qualidade do ar foram fixados pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), por meio da Resolução Conama 491/2018, sendo também adotados em Minas Gerais.
A divulgação dos dados do monitoramento é realizada por meio do cálculo dos Índices de Qualidade do Ar (IQAr) – uma ferramenta matemática utilizada para converter as concentrações dos poluentes nas escalas boa, moderada, ruim, muito ruim e péssima. O objetivo do IQAr é permitir uma informação precisa, rápida e facilmente compreendida pela sociedade sobre os níveis de qualidade do ar.
A Resolução CONAMA nº 491/2018, que dispõe sobre padrões de qualidade do ar, estabelece algumas diretrizes para o cálculo e determinação das faixas do IQAr. O cálculo do IQAr deve ser feito utilizando a equação 1 do Anexo IV, para cada um dos poluentes monitorados. Para a definição da primeira faixa de concentração do IQAr deve ser utilizado como limite superior o valor de concentração adotado como Padrão Final (PF) para cada poluente. As demais faixas de concentração do IQAr foram definidas pelo Guia Técnico para o Monitoramento e Avaliação da Qualidade do Ar, do Ministério do Meio Ambiente, conforme previsto no Art. 8º da Resolução CONAMA nº 491/2018.