Cleitinho ironiza STF e reforça defesa de CPMI da 'Vaza Toga'
Senador mineiro exibe áudio de Joesley Batista e critica julgamento de Bolsonaro, além de atacar Alexandre de Moraes
Por Plox
04/09/2025 12h59 - Atualizado há cerca de 6 horas
Durante um discurso marcado por críticas contundentes, o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) voltou a atacar o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (3/9), no plenário do Senado. Ele reforçou a defesa pela criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que, segundo ele, deveria investigar o que chamou de 'Vaza Toga'.

Na tribuna, o parlamentar apresentou um áudio atribuído ao empresário Joesley Batista, delator da Operação Lava Jato. No registro, o executivo afirma que não seria preso porque “se entregasse o Zé, o Zé entregaria o Supremo”. Para Cleitinho, a fala é uma prova da necessidade de apurar supostas irregularidades na Corte.
“Quem está falando é Joesley Batista, o mesmo da Lava Jato. Ele diz que, se entregasse o Zé, o Zé entregava o STF. É por isso que precisamos passar esse país a limpo”, declarou o senador.
Além de defender a CPMI, o senador ironizou possíveis reações dos ministros do STF. Ao ser questionado sobre temer retaliações, gesticulou e respondeu:
“Tô tremendo de medo. Não devo nada a eles. Devo a quem me colocou aqui e paga meu salário em dia.”
Cleitinho também voltou seus ataques ao ministro Alexandre de Moraes, relator de processos que investigam Jair Bolsonaro (PL) e aliados acusados de envolvimento nos atos de 8 de Janeiro. Ele acusou Moraes de conduzir os julgamentos de forma desproporcional e minimizou as acusações de tentativa de golpe de Estado, comparando a situação a brincadeiras de criança.
“Estão julgando um tal de golpe de Estado por causa de estilingue e bolinha de gude. Enquanto isso, quantos políticos roubaram dinheiro da saúde, da educação e continuam soltos?”, questionou.
O senador, que recentemente tem se destacado em embates com a Suprema Corte, aproveitou ainda para reforçar sua imagem de oposição ao que considera abusos de poder por parte dos ministros, especialmente de Alexandre de Moraes.