Giorgio Armani morre aos 91 anos e deixa legado na moda mundial
Estilista italiano transformou a alfaiataria moderna, criou figurinos para o cinema e construiu um império global com sua marca
Por Plox
04/09/2025 12h02 - Atualizado há cerca de 7 horas
O renomado estilista italiano Giorgio Armani morreu nesta quinta-feira (4), aos 91 anos, em Milão. Reconhecido por reinventar a alfaiataria e por seu trabalho no cinema, Armani construiu um império global a partir de sua marca, lançada em 1975.

Nascido em Piacenza, no norte da Itália, Armani iniciou a carreira como vitrinista antes de abandonar o curso de medicina, que cursou por três anos. Sua entrada no universo da moda foi marcada por uma visão moderna que ultrapassou as passarelas e deixou uma marca profunda na indústria internacional.
Seu grande diferencial foi a desconstrução do terno clássico, apostando em peças com cortes mais leves, tecidos agradáveis e menos estruturas rígidas. Essa abordagem definiu o estilo elegante e despojado que se tornou sua assinatura. “Estava motivado pelo desejo de modernizar a alfaiataria”, contou em entrevista à revista 'ELA'.
Armani também foi pioneiro ao vestir grandes nomes do cinema, como Richard Gere em “Gigolô Americano” (1980) e Robert De Niro em “Os Intocáveis” (1987). Em 2007, marcou mais uma inovação ao transmitir ao vivo, pela internet, um desfile de alta-costura, sendo o primeiro a fazê-lo.
Na perfumaria, lançou o clássico \"Acqua Di Giò Homme\", um dos mais vendidos mundialmente. Apesar da morte do fundador, o Grupo Armani continuará em operação. O futuro da empresa, no entanto, ainda levanta incertezas. Em uma de suas últimas entrevistas, Armani afirmou: “A independência de grandes grupos ainda pode ser um valor impulsionador para o Grupo Armani no futuro, mas não sinto que possa descartar nada”.
Até o momento, não foram divulgados detalhes sobre a causa da morte ou informações sobre o funeral.