Governo lança Gás do Povo e beneficia 1,2 milhão de famílias em Minas

Novo programa de distribuição substitui o Auxílio Gás e prevê a entrega direta de botijões nas revendedoras credenciadas

Por Plox

04/09/2025 12h45 - Atualizado há cerca de 6 horas

O Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte, foi o cenário escolhido para o anúncio oficial do programa Gás do Povo, uma nova política pública do governo federal que promete revolucionar a forma como milhões de brasileiros acessam o gás de cozinha. Durante o evento realizado nesta quinta-feira (4), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância da iniciativa, que substituirá o atual Auxílio Gás e atenderá diretamente mais de 15,5 milhões de famílias em todo o país.


Imagem Foto: Reprodução


Somente em Minas Gerais, mais de 1,2 milhão de famílias — o equivalente a cerca de 3,6 milhões de pessoas — serão contempladas. A expectativa é que, anualmente, 5 milhões de botijões de gás sejam distribuídos em solo mineiro.



Diferente do modelo anterior, em que o benefício era repassado em dinheiro, agora as famílias cadastradas no CadÚnico e com renda per capita de até meio salário mínimo receberão o botijão diretamente das revendedoras credenciadas. A prioridade será dada àquelas que também recebem o Bolsa Família.


O número de botijões a que cada família terá direito dependerá do tamanho do núcleo familiar: até três unidades por ano para famílias com dois integrantes; até quatro para aquelas com três pessoas; e até seis para os lares compostos por quatro ou mais membros. No total, o programa deverá distribuir cerca de 65 milhões de botijões anualmente.


Para facilitar o acesso, será lançado um aplicativo vinculado ao Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), permitindo que os beneficiários localizem os pontos de revenda credenciados e gerenciem seus vales eletrônicos. Além disso, será disponibilizada uma versão impressa do vale, que poderá ser retirada em agências da Caixa Econômica Federal ou em casas lotéricas.


A distribuição dos botijões terá início em novembro, com mais de 58 mil pontos de revenda mobilizados para atender a população.


“Vocês verão pelas ruas, nas vilas, nos morros e nos aglomerados os postos de distribuição com a faixa ‘Aqui tem o Gás do Povo’. Isso é justiça social na veia”, declarou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira

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Segundo ele, o programa será totalmente financiado com recursos previstos no Orçamento Geral da União. Para este ano, a Lei Orçamentária Anual (LOA) já reserva mais de R$ 3,57 bilhões para sua implementação.


“Esses recursos foram acomodados dentro do Orçamento. Portanto, o governo do presidente Lula é aquele que cuida do desenvolvimento econômico, das áreas de petróleo, gás e mineração, e também olha para os mais pobres”, afirmou o ministro.



A iniciativa também foi celebrada pelo setor privado. Pedro Turqueto, CEO da Copa Energia — empresa responsável pelas marcas Copagaz e Liquigás —, declarou que a medida trará impactos positivos ao mercado. Segundo ele, o programa representará um grande investimento para alcançar famílias que ainda não consomem o gás de cozinha regularmente.


“Isso vai gerar bilhões em investimentos, aumentar o consumo e estimular a criação de empregos, além de aquecer a economia e beneficiar a sociedade como um todo”, afirmou Turqueto.


De acordo com o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), a expectativa é que a demanda aumente em até 30 milhões de cargas por ano — um crescimento de cerca de 7,5% sobre as 400 milhões de cargas movimentadas atualmente pelas distribuidoras.



A implementação do Gás do Povo marca uma nova fase da política social brasileira, aproximando o acesso ao gás de cozinha de quem mais precisa e promovendo a inclusão social através de uma distribuição estruturada e direta do recurso essencial às famílias.


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