Jornalista aponta instituto como titular de bens de Alexandre de Moraes
Paulo Figueiredo afirma que patrimônio do ministro está registrado em nome de entidade formada por esposa e filhos
Por Plox
04/09/2025 19h42 - Atualizado há 3 dias
Durante uma transmissão ao vivo em seu canal no YouTube, nesta quarta-feira (3), o jornalista Paulo Figueiredo trouxe à tona uma série de alegações envolvendo o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ele, informações de inteligência — que teriam sido obtidas por autoridades dos Estados Unidos — indicam que todo o patrimônio do magistrado estaria vinculado a um instituto de natureza jurídica.

De acordo com Figueiredo, esse instituto foi criado no início dos anos 2000 por Moraes e sua esposa, Viviane Barci. A entidade, chamada Lex – Instituto de Estudos Jurídicos Ltda., consta nos registros da Receita Federal como ativa desde junho de 2000, tendo como sócios os três filhos do casal — Gabriela, Giuliana e Alexandre Júnior — além da própria Viviane.
O jornalista destacou ainda que o instituto não possui presença digital ativa. “Procurem a página dele na internet. Não existe. No Instagram, a última publicação foi feita em 2017”, relatou durante o programa.
Figueiredo afirmou que os bens da família, incluindo um apartamento avaliado em R$ 25 milhões, localizado no bairro Jardim Europa, em São Paulo, estariam registrados em nome do Instituto Lex. Ele mencionou também a existência de uma mansão em Campos do Jordão e um apartamento no Guarujá, todos supostamente vinculados à mesma entidade.
Segundo o comunicador, a sede do instituto coincide com o endereço onde funcionava o escritório de advocacia de Moraes, que atualmente opera com o nome Barci de Moraes Advogados, gerido por Viviane Barci.
“A sede do instituto é onde era Alexandre de Moraes Advogados. Hoje é Barci de Moraes Advogados. O instituto e o escritório da Viviane compartilham a mesma sede”, disse Figueiredo
Além disso, ele defendeu que, diante dessas informações, deveria haver uma aplicação rigorosa da Lei Magnitsky ao ministro e seu círculo familiar antes mesmo de se buscar outros alvos. “Adianta sancionar outros indivíduos antes de pegar tudo isso e fazer o Alexandre sentir as consequências da Lei Magnitsky? Não”, afirmou.
A transmissão de Figueiredo também mencionou uma ação coordenada para que a legislação tenha o que ele chamou de “efeito dissuasivo”. Segundo ele, o objetivo é gerar um impacto que impeça outros de seguirem os mesmos caminhos.
Por fim, o jornalista anunciou que participará do programa Pleno Time, que terá uma edição especial nesta sexta-feira, 5 de setembro, das 12h às 17h, no canal do Pleno.News no YouTube. O evento, intitulado Esquenta da Independência, contará com a presença de nomes como Michelle Bolsonaro, Silas Malafaia e Deltan Dallagnol.
As revelações prometem alimentar ainda mais os debates no cenário político nacional, especialmente em um momento de grande polarização e escrutínio sobre figuras do Judiciário.