Turismóloga sem experiência ajuda em parto na calçada no Rio

Sem conseguir acionar socorro, mãe corre até a casa da vizinha, que realiza o parto do bebê na calçada em Sepetiba; ambos passam bem

Por Plox

04/09/2025 12h45 - Atualizado há 2 dias

Na madrugada de terça-feira (2), um momento de emergência transformou a calçada da casa de Fernanda Santos, em Sepetiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, em local de nascimento. Sem qualquer formação na área da saúde, a turismóloga de 41 anos ajudou a vizinha Sandra Candido Costa, de 31, a dar à luz o pequeno Sandro, seu quinto filho.


Imagem Foto: Reprodução


Com dificuldades para acionar ajuda por falta de internet e sinal de telefone, Sandra correu até a casa de Fernanda. Seu marido, Sidney Apolinário, estava presente, mas não pôde prestar auxílio direto devido ao uso de muletas após um acidente de moto.


“Quando abri o portão, vi que não havia mais tempo. A central informou que a equipe poderia levar até 60 minutos para chegar, mas as dores da Sandra só aumentavam. Ali entendi que a missão era minha”, contou Fernanda.



Diante da urgência, Fernanda se ajoelhou na calçada com a ajuda do próprio filho, que trouxe toalhas e um travesseiro para apoiar Sandra. Em poucos segundos, o bebê nasceu em suas mãos. “Eu vi a cabecinha aparecendo, coloquei as mãos e, em instantes, o bebê chegou. Agradecia a Deus o tempo inteiro”, disse, emocionada.


Do outro lado, Sandra relatou a urgência do momento: “Falei pra ela: 'não vai dar tempo, está saindo, vai nascer'. Ela pediu pra esperar, mas não consegui. Às 5h14, meu bebê já estava nas mãos da Fernanda.”



Pouco tempo depois, a equipe da Cegonha Carioca e o Corpo de Bombeiros chegaram. A enfermeira fez o corte do cordão umbilical e prestou os primeiros atendimentos à mãe e ao recém-nascido, que pesava quase 3 kg.


“Jamais imaginei viver algo assim. Trabalho com idosos, sou formada em turismo. É algo completamente fora da minha rotina. Mas Deus me usou naquele momento”, declarou Fernanda.


No dia anterior, às 17h, ela havia comparecido ao enterro de um amigo. “Doze horas depois, estava com um bebê nas mãos. O fim de um ciclo e o início de outro. É algo que levarei para sempre comigo.”



Mãe e bebê foram encaminhados ao Hospital Municipal Pedro II, onde permanecem internados e em bom estado de saúde.



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