Alunos fazem passeata em defesa do meio ambiente em Timóteo

Os alunos são da Escola Clarindo Carlos Miranda, no bairro Macuco

Por Plox

04/10/2019 16h09 - Atualizado há mais de 4 anos

A reflexão sobre a importância da preservação do meio ambiente para a vida do ser humano tomou conta do bairro Macuco na manhã desta sexta-feira (4).
 
Empunhando faixas e cartazes e entoando a música “Mata do Parque” – de autoria do Itaúnas Vilmar Gomes de Almeida e Douglas Neto – os alunos da Escola Clarindo Carlos Miranda foram às ruas mobilizar a comunidade contra os incêndios florestais.
 
A manifestação contou com a presença da subsecretária de Educação, Márcia Lessa. O bairro que faz limite ao Parque Estadual do Rio Doce, que teve mais de 480 hectares queimados, vem sofrendo com a poluição decorrente dos incêndios.

passeata-timóteoFoto: divulgação
 
“Faltei à aula porque estava com dores de cabeça e de estomago”, comentou Kayo Gabriel, de 10 anos, que sofreu com sintomas decorrentes da poluição gerada pelo fogo na mata.
 
A voz de Kayo Gabriel se somou aos demais alunos da escola no frase de protesto: “Respeitar a mata é respeitar a vida”. A diretora da escola, Carmem Lúcia Mendes Almeida explicou que a iniciativa da passeata tem em vista a necessidade de conscientizar a população sobre os malefícios dos incêndios florestais, que trazem danos ao solo, às nascentes, mas também à saúde das pessoas, além de provocarem a morte de vários animais.
 
A queimada na região foi tão devastadora, que, mesmo após o controle dos focos de incêndios, os moradores sofrem com a falta de qualidade do ar, impregnado pela fumaça e fuligem da queima da mata. “Todo ano desenvolvemos atividades sobre o meio ambiente. Por causa do incêndio na mata do PERD decidimos intensificar as ações educativas para tentar atingir os adultos, que não tiveram esta aprendizagem”, discorreu a professora Margareth Silva.
 
Um dos cartazes levados pelos alunos questionava: “Que futuro teremos com as queimadas?”.  Decepcionada com a falta de consciência de alguns indivíduos, a dona de casa Maria de Lourdes Rodrigues Mendes afirmou não esperar que essas pessoas tomem juízo. “Quem põe fogo nas matas deve ser punido”, ponderou, ressaltando que teve problemas respiratórios graves por causa dos incêndios florestais.

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