Moraes diz que X pagou multa em conta errada e pede regularização

O montante de R$ 28,6 milhões foi depositado em uma conta da Caixa Econômica Federal, enquanto deveria ter sido transferido para uma conta judicial no Banco do Brasil.

Por Plox

04/10/2024 19h19 - Atualizado há 3 meses

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (4) que a rede social X corrija o pagamento de multas para retomar suas atividades no Brasil. O montante de R$ 28,6 milhões foi depositado em uma conta da Caixa Econômica Federal, enquanto deveria ter sido transferido para uma conta judicial no Banco do Brasil.

Foto:  Rovena Rosa/Agência Brasil

Moraes afirmou em sua decisão que há “necessidade de regularização do depósito realizado pela X Brasil Internet LTDA, para que haja o efetivo e integral adimplemento das multas”. Além disso, o ministro ordenou que a Caixa faça a "transferência imediata" do valor para a conta correta, o que é essencial para que o processo de desbloqueio da rede social avance.

X tenta retomar atividades no país

Mais cedo, a empresa havia informado ao Supremo que o pagamento das multas havia sido realizado e solicitou o desbloqueio da plataforma, que está suspensa desde 30 de agosto. No entanto, com o erro no depósito, a liberação da rede ainda depende dessa regularização.

Após a correção do pagamento, Moraes solicitou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre o pedido da X para que ele possa tomar uma decisão final sobre o desbloqueio da plataforma no Brasil.

Suspensão da plataforma e fechamento do escritório

A suspensão da rede social X ocorreu após a empresa, comandada pelo bilionário Elon Musk, fechar seu escritório no Brasil, deixando de cumprir a exigência de ter um representante legal no país, condição indispensável para operar. Esse ato foi uma resposta à multa imposta à empresa por não cumprir uma ordem judicial do STF, que exigia a remoção de perfis investigados por publicações de caráter antidemocrático.

Entretanto, nas últimas semanas, a X reativou sua representação no Brasil, com a advogada Rachel Villa Nova reassumindo o papel de representante legal da empresa. Com o pagamento da multa e a reabertura da representação, a empresa solicitou ao STF a liberação da plataforma.

Próximos passos: opinião da PGR e decisão de Moraes

Após a regularização do depósito, a Procuradoria-Geral da República deverá emitir um parecer sobre o pedido de desbloqueio feito pela rede social X. Com isso, caberá ao ministro Alexandre de Moraes decidir se a plataforma poderá voltar a operar no Brasil.

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