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Idosos resgatados de asilos clandestinos eram amarrados em camas
Justiça decreta prisão de responsável por casas de repouso que mantinham idosos amarrados e cobravam altas mensalidades sem cuidados adequados
04/11/2025 às 10:32por Redação Plox
04/11/2025 às 10:32
— por Redação Plox
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Os asilos clandestinos de Ribeirão Preto (SP), investigados por manter idosos amarrados, cobravam mensalidades de R$ 2,5 mil das famílias, segundo relatos de parentes e funcionários das casas de repouso. A responsável pelos estabelecimentos, Eva Maria de Lima, teve sua prisão preventiva decretada após denúncias de abandono e maus-tratos.
O incidente ocorreu em Ribeirão Preto, região do interior paulista
Foto: Reprodução / Agência Brasil.
Promessa de serviços não era cumprida
As famílias contam que o valor pago mensalmente incluía promessas de refeições balanceadas e equipes de profissionais de saúde — como enfermeiras, fisioterapeutas e nutricionistas. No entanto, de acordo com os relatos, esses serviços raramente chegavam aos idosos.
Mesmo após interdição judicial dos estabelecimentos, por determinação da Justiça em abril, as casas continuaram funcionando, conforme informou o Ministério Público.
Relatos detalham falta de cuidado
Uma das familiares relata ter comprado até um frigobar para a avó no intuito de proporcionar uma alimentação adequada, já que, segundo ela, frutas eram raras e sucos naturais não eram oferecidos. A alimentação fornecida nas casas de repouso não era balanceada como prometido, e nem as atividades acompanhadas por fisioterapeutas, nutricionistas e terapeutas ocupacionais eram vistas, segundo o depoimento.
Além da mensalidade, uma ex-funcionária revelou que as famílias também tinham que pagar por um kit de higiene, mas nunca viu os produtos serem entregues para o cuidado dos idosos.
Intervenção e resgate
No último domingo (2), 36 idosos foram resgatados pelos órgãos responsáveis. Sete deles, encontrados em uma unidade no bairro Parque Ribeirão, zona Oeste da cidade, precisaram ser hospitalizados imediatamente.
As outras casas de repouso, mantidas em funcionamento mesmo após a ordem judicial de interdição, ficavam nas ruas Lafaiete, no bairro Vila Seixas, e Marechal Deodoro, no Alto da Boa Vista.
Investigação envolve também famílias
De acordo com o Ministério Público, as investigações não devem se limitar apenas à responsável pelos estabelecimentos. O promotor de Justiça da Pessoa Idosa, Carlos Cezar Barbosa, afirmou que as famílias dos idosos também serão alvo das apurações, com cada caso analisado separadamente.
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