Política

CPI do Crime Organizado aumenta pressão sobre governo Lula no Senado

Com maioria oposicionista, comissão é instalada em meio a debate acirrado sobre segurança pública e amplia preocupações do Palácio do Planalto.

04/11/2025 às 07:21 por Redação Plox

A instalação da CPI do Crime Organizado no Senado, marcada para esta terça-feira, provocou apreensão no governo Lula e entre parlamentares da base aliada. O tema da comissão, dedicado ao enfrentamento do crime organizado, gera expectativa pelas possíveis consequências políticas e pela composição majoritariamente oposicionista do colegiado.

As preocupações do governo Lula em relação à CPI do Crime Organizado

As preocupações do governo Lula em relação à CPI do Crime Organizado

Foto: Agência Brasil


Preocupações sobre o rumo da CPI

Ao contrário de outras investigações parlamentares recentes, como a CPI mista do INSS, integrantes do governo e do PT apontam que a esquerda não possui, desta vez, uma acusação consistente contra a direita. No caso da CPI do Crime Organizado, não há elementos que associem diretamente o governo de Jair Bolsonaro ao início do escândalo investigado, o que reduz o potencial de desgaste para a oposição.

Impacto da megaoperação no Rio de Janeiro

Outro motivo de preocupação no Palácio do Planalto é a recente megaoperação do governo do Rio de Janeiro, que terminou com 121 mortes na última terça-feira. O episódio fortaleceu o discurso da direita e foi visto por integrantes do governo como uma vitória política para Cláudio Castro e representantes do campo bolsonarista nos debates sobre segurança pública.

Maioria oposicionista e nomes de destaque

Entre os nomes cotados para compor a CPI, despontam parlamentares fortemente alinhados à oposição, como Flávio Bolsonaro e Sergio Moro. A indicação desses senadores à titularidade do colegiado acirra o receio de que a comissão se transforme em um palco para críticas às ações do governo Lula na área da segurança pública.

O senador licenciado Marcos do Val foi apontado como membro titular, mas pode ser substituído por Márcio Bittar, caso não assuma o posto. Outros nomes próximos ao ex-presidente Bolsonaro também integram a composição, como Magno Malta, indicado a titular, e Eduardo Girão, suplente no colegiado.

Com maioria oposicionista, a CPI do Crime Organizado representa um novo teste político à gestão Lula, especialmente diante do atual cenário de polarização no Congresso.

Compartilhar a notícia

V e j a A g o r a