Evelyn Lorrany Nogueira de Lima, de 23 anos, conhecida como Porcelana, é alvo de investigações por financiar a fuga de quatro detentos da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), registrada em setembro de 2024. Além disso, a jovem seria responsável por alugar veículos para ações coordenadas pelo Comando Vermelho (CV).

Esquema de aluguel de veículos desvendado

Segundo investigações da Polícia Federal, Porcelana atuava no gerenciamento de um esquema de aluguel de Jeeps. Os veículos eram usados em crimes cometidos entre Manaus e Boa Vista, principalmente em 2022. Durante operações policiais no mesmo ano, contratos e comprovantes de locação foram encontrados em posse de Evelyn e do namorado, Thiago Lima dos Santos, conhecido como “TH da Zona Leste”.

Financiamento da fuga de presos

Paralelamente, a Polícia Civil de Roraima concluiu que o casal foi responsável por financiar a fuga dos detentos que escaparam do maior presídio do estado. Os dois teriam enviado dinheiro e providenciado suporte logístico para garantir o êxito da rota entre Boa Vista e o Amazonas. O apoio operacional foi considerado crucial para a fuga dos integrantes da facção.

Liderança na organização criminosa

Os investigadores apontam que Porcelana compartilhava a liderança do esquema com TH, considerado uma figura importante na estrutura do Comando Vermelho em Manaus. Em julho deste ano, TH foi morto, antes da ampliação da Operação Cerco Fechado, que também cumpriu mandados de busca e apreensão nas cidades de Boa Vista, Cantá, Rorainópolis e Manaus.

Mandados de busca e ações recentes

Mesmo após diligências em seis endereços ligados a Evelyn em Manaus, ela não foi localizada. De acordo com a polícia, ainda não existe mandado de prisão expedido contra a jovem, mas as investigações seguem em andamento.

Homenagem ao chefe morto em megaoperação

A suspeita voltou a chamar atenção das autoridades após megaintervenções policiais nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro. Evelyn teria feito publicações nas redes sociais lamentando a morte de Francisco Myller Moreira da Cunha, apelidado de “Gringo” ou “Suíça”, identificado como liderança da facção no Amazonas e morto durante a ação da polícia fluminense.

Essas manifestações públicas nas redes sociais suscitaram nova apuração sobre a ligação de Porcelana com núcleos do Comando Vermelho em grandes cidades.