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Fraudes financeiras contra aposentados crescem com uso de inteligência artificial

Seminário internacional alerta para golpes sofisticados que afetam idosos nos EUA e faz alerta para riscos no Brasil, reforçando necessidade de proteção digital.

04/11/2025 às 09:21 por Redação Plox

Na última semana, um seminário internacional reuniu especialistas para debater formas de proteger o patrimônio de aposentados e futuros aposentados diante de um cenário cada vez mais preocupante: o aumento das fraudes financeiras impulsionadas pelo uso da inteligência artificial.

Cidadãos norte-americanos com mais de 55 anos possuem 70% da riqueza pessoal do país, tornando-se os principais alvos para criminosos virtuais

Cidadãos norte-americanos com mais de 55 anos possuem 70% da riqueza pessoal do país, tornando-se os principais alvos para criminosos virtuais

Foto: Reprodução: Canva/shironosov

Idosos concentram riqueza e são principais alvos

Dados recentes revelam que norte-americanos acima dos 55 anos concentram 70% da riqueza pessoal nos Estados Unidos, tornando-se, assim, alvos preferenciais de criminosos cibernéticos. A tendência sugere que o Brasil também enfrenta desafios semelhantes, o que torna essas informações relevantes para o público brasileiro.

Fraudes avançam entre idosos nos EUA

Estudo do instituto Pew Research indica que 73% dos americanos já foram vítimas de algum tipo de fraude. Além disso, estimativa do FBI aponta que somente no último ano, idosos nos Estados Unidos perderam cerca de US$ 4,885 bilhões (aproximadamente R$ 26 bilhões), representando um aumento de 43% em relação ao período anterior.

Os golpes envolvendo criptomoedas tiveram destaque especial, afetando principalmente pessoas acima dos 60 anos.

Clonagem de voz potencializa golpes

O uso da inteligência artificial elevou o grau de sofisticação de muitos golpes. Matthew Strope, responsável pela área de prevenção a fraudes de uma consultoria financeira, relatou um caso em que criminosos fizeram uma ligação utilizando uma voz clonada da neta da vítima, obtida a partir de postagens públicas em redes sociais. Comovido, o idoso foi induzido a acreditar que a jovem estava em perigo e a transferir dinheiro para um suposto advogado, criado apenas para dar credibilidade à fraude.

Criminosos exploram emoções e senso de urgência

Esses ataques geralmente exploram as emoções das vítimas, criando situações de urgência para impedir uma análise racional. Especialistas alertam para a importância de pausar, refletir e evitar agir imediatamente – comportamento essencial para resistir à pressão e não cair em armadilhas.

Instituições aprimoram mecanismos de segurança

Muitas instituições financeiras vêm ampliando esforços para bloquear movimentações fora do padrão do cliente, buscando impedir as fraudes. Apesar disso, a recomendação principal permanece: manter-se atento é fundamental.

Phishing-based malware: perigo silencioso

Outro tipo comum de ataque é o chamado phishing-based malware, em que a vítima é levada a instalar um software malicioso ao clicar em links ou baixar arquivos suspeitos. Estes golpes geralmente chegam por mensagens que imitam bancos ou empresas conhecidas, alertando para supostos problemas em contas ou encomendas retidas.

Dicas para não cair em golpes virtuais

Algumas práticas essenciais para aumentar a segurança digital incluem:

  • Desconfiar de mensagens urgentes ou alarmantes
  • Verificar atentamente o remetente e o domínio do e-mail
  • Evitar baixar arquivos de fontes desconhecidas
  • Utilizar antivírus e manter o sistema sempre atualizado
  • Ativar a autenticação em dois fatores, acrescentando uma camada extra de proteção às contas digitais
    Informações relatadas pelo portal G1.

A combinação de vigilância constante e medidas de segurança tecnológica é a melhor forma de se proteger em um ambiente virtual cada vez mais desafiador.

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