Política

Lula envia 7 mil militares ao Pará para segurança da COP30

Operação das Forças Armadas protegerá infraestruturas estratégicas em Belém, Altamira e Tucuruí durante eventos internacionais; operação vai até 23 de novembro.

04/11/2025 às 09:08 por Redação Plox

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou o envio das Forças Armadas para reforçar a segurança em Belém e em outros dois municípios do Pará, durante a realização da Cúpula de Líderes e da COP30. O decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) vale até 23 de novembro e foi solicitado pelo governo do Estado, seguindo o padrão adotado em reuniões internacionais anteriores.

Presidente Lula colabora na movimentação dos grãos extraídos da floresta

Presidente Lula colabora na movimentação dos grãos extraídos da floresta

Foto: (crédito: Ricardo Stuckert/PR)


Operação robusta para garantir os eventos

A medida engloba, além de Belém, os municípios de Altamira e Tucuruí, com foco na proteção de infraestruturas estratégicas como hidrelétricas, portos, aeroportos e sistemas de abastecimento. O objetivo é manter a integridade de instalações e a normalidade dos serviços durante a série de encontros internacionais, que mobilizam delegações, chefes de Estado e autoridades estrangeiras.

O aparato envolve mais de 500 viaturas, entre elas veículos blindados, três helicópteros, 30 barcos, três navios, 30 aeronaves, 16 drones e quatro sistemas antidrone.

Para comandar as ações, foi criado o Comando Operacional Conjunto Marajoara, que reúne sete mil militares das três Forças Armadas, especialmente em áreas sob competência militar, como a Base Aérea de Belém. O reforço contará também com cerca de 1,2 mil agentes da Polícia Federal e aproximadamente mil da Polícia Rodoviária Federal.

Estados Unidos decidem não participar da COP30

Apesar das medidas de segurança, os Estados Unidos não enviarão representantes de alto escalão para o evento em Belém. Um porta-voz do governo norte-americano, em condição de anonimato, afirmou que a ausência já era esperada em razão da posição crítica do presidente Donald Trump com relação à ação climática internacional. O governo classificou iniciativas voltadas ao enfrentamento das mudanças climáticas como insuficientes durante discursos recentes na ONU e criticou diretamente as energias renováveis.

A ausência dos EUA na Cúpula de Líderes foi tratada como previsível, mas ainda aguardava-se uma delegação técnica para as negociações posteriores.

Lula participa de agendas na Amazônia

Na véspera do início da conferência, Lula esteve em Acará, no Pará, distante cerca de 120 quilômetros de Belém. Ao lado da primeira-dama Janja e dos ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) e Anielle Franco (Igualdade Racial), o presidente acompanhou o trabalho de colheita do açaí na Comunidade Quilombola Itacoã-Miri.

Durante a visita, Lula ressaltou a necessidade de apoio financeiro para as populações que vivem na floresta.

Todo mundo fala que é importante manter a floresta em pé, porque permite que a gente possa combater a emissão de gases de efeito estufa. Mas como podemos manter a floresta em pé? Com algumas atitudes de financiar as pessoas para que ganhem dinheiro por morar na floresta. Devemos fazer com que o mundo conheça a Amazônia e venha colocar os pés no Pará, para conhecer nossos rios, fauna e tudo o que a gente tem. – Lula

Lula busca garantir mais investimentos internacionais para apoiar a manutenção da floresta e promover o desenvolvimento sustentável na Amazônia.

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