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Polícia
Corpo confundido com Japinha da CV em megaoperação no RJ era de um homem
Identidade de Penélope, suposta traficante do Comando Vermelho, segue desconhecida após operação na Penha e no Alemão; polícia confirma mortes apenas de homens e alerta para fake news.
04/11/2025 às 10:49por Redação Plox
04/11/2025 às 10:49
— por Redação Plox
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A identificação de um corpo encontrado durante megaoperação da polícia nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, trouxe um novo mistério ao caso envolvendo “Penélope”, também conhecida como “Japinha do CV”. Embora uma imagem chocante tenha circulado, sugerindo se tratar da jovem apontada como uma das líderes da facção criminosa, a identidade do cadáver não corresponde à dela, segundo informações oficiais.
Penélope, conhecida como "Japinha da CV", permanece fora da relação de indivíduos afetados pela operação
Foto: Redes Sociais
Polícia descarta identidade da vítima como Japinha do CV
Policiais que participaram da operação confirmaram que o corpo, encontrado com vestimentas camufladas e colete tático, pertence a um homem sem identidade revelada. A Japinha do CV não está entre os nomes divulgados nas listas oficiais dos mortos e segue sem confirmação de paradeiro.
Até o momento, a relação dos mortos identificados inclui apenas homens; o nome de Penélope, tido como figura de destaque no Comando Vermelho, segue ausente nas listas atualizadas.
Paradeiro da “musa do crime” é desconhecido
Antes do início da megaoperação, imagens circularam com Penélope vestida para combate e portando armamento pesado, alimentando especulações sobre seu possível destino após a ação policial. Após a repercussão na internet, relatos indicaram sua suposta morte, mas nenhuma confirmação oficial foi emitida.
Investigações preliminares apontam que a jovem atuava na linha de frente da facção, especialmente na proteção de rotas de fuga e em pontos estratégicos de venda de drogas. Contudo, a polícia do Rio de Janeiro não validou as informações veiculadas em redes sociais que relacionam Penélope ao corpo localizado.
Manipulação de imagens e fake news nas redes sociais
Com a grande repercussão do caso, uma onda de perfis falsos foi criada com imagens da Japinha do CV para espalhar informações inverídicas, solicitar doações financeiras e até mesmo divulgar apostas. Em algumas situações, pessoas chegaram a se passar por familiares da jovem.
A irmã de Penélope utilizou suas redes sociais para pedir respeito e solicitou que não fossem mais divulgadas imagens da suposta morte de sua irmã.
Balanço dos mortos na operação das Forças de Segurança
A megaoperação, considerada a mais letal da história do país, tinha como foco o combate ao avanço territorial do Comando Vermelho e o cumprimento de cerca de 100 mandados de prisão nas comunidades do Alemão e da Penha.
Entre aqueles já identificados, 59 possuíam mandados de prisão em aberto e pelo menos 97 apresentavam antecedentes significativos. Outros 12 tiveram participação no tráfico sinalizada por publicações próprias em redes sociais. Segundo a Polícia Civil, ao menos 109 mortos tinham ligação direta com a facção, evidenciando a atuação interestadual do crime organizado.
Destaca-se ainda que 54% dos criminosos mortos eram de fora do estado do Rio de Janeiro. Entre os oriundos de outros estados, a maioria veio do Pará, Bahia, Amazonas e Goiás, representando chefes de organizações criminosas de 11 unidades da Federação, abrangendo quatro das cinco regiões do país.
Investigações em andamento
O inquérito das mortes está sob análise da Delegacia de Homicídios da Capital e tem acompanhamento do Ministério Público. A Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil segue investigando a ligação dos mortos com o Comando Vermelho e a motivação exata de cada morte registrada na operação.
Imagens atribuídas ao Comando Vermelho sugerem o uso de répteis para ocultação de cadáveres após megaoperação policial. Autoridades investigam ligação entre traficantes e animais.
Imagens atribuídas ao Comando Vermelho sugerem o uso de répteis para ocultação de cadáveres após megaoperação policial. Autoridades investigam ligação entre traficantes e animais.