O caso de violência doméstica registrado no último sábado (1º) em Pingo-d’Água ganhou novos detalhes nesta segunda-feira (3), após esclarecimentos da Polícia Militar local. Uma mulher foi resgatada depois de ser mantida em cárcere privado e agredida pelo próprio companheiro, de 38 anos, que acabou preso em flagrante.

Filha acionou a polícia para resgatar a mãe

De acordo com o sargento Matos, a ocorrência teve início quando a filha da vítima, que mora em outra cidade, procurou a Polícia Militar. Ela relatou que a mãe estava enclausurada, com lesões visíveis e sem acesso ao telefone para pedir socorro.

O relato do sargento aponta que, ao chegar no endereço informado, os policiais foram recebidos pelo homem, que tentou convencê-los de que a vítima não estava. Durante o desenrolar dos fatos, a mulher conseguiu pedir ajuda e foi retirada do local pela equipe policial.

Violência recorrente e ameaças constantes

Segundo informações da Polícia Militar, a vítima revelou que era mantida em cárcere desde a semana anterior e só conseguiu buscar socorro porque o agressor usou drogas e adormeceu. Ela aproveitou esse momento para acessar o celular do companheiro e contactar a filha, possibilitando a ação rápida da polícia.

Os policiais constataram múltiplas lesões na mulher, especialmente no rosto e braços. Ela relatou agressões frequentes e ameaças de morte caso tentasse fugir ou denunciar o companheiro.

Prisão e antecedentes do acusado

Após o resgate, o homem foi encaminhado para atendimento médico e, logo depois, preso por cárcere privado e lesão corporal com agravante de violência doméstica. Ele foi levado à Delegacia de Polícia Civil de Caratinga para as providências cabíveis.

Polícia ressalta a importância da denúncia

Sargento Matos informou ainda que o suspeito já tinha antecedentes por tráfico e registros de agressão contra a mesma vítima. O policial destacou o papel da corporação no combate à violência doméstica e incentivou a população a denunciar situações suspeitas.

A Polícia Militar está sempre à disposição da comunidade. Situações como essa mostram a importância de denunciar. Muitas vezes, vizinhos escutam gritos ou percebem comportamentos suspeitos, mas não ligam. É fundamental acionar o 190 ou o 181. A denúncia pode salvar vidas. – sargento Matos