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Saúde
Vacina contra dengue deve ser aprovada até dezembro
Imunizante nacional pode entrar no calendário do SUS em 2026; Brasil já soma 1,6 milhão de casos e novas tecnologias recebem investimento contra o Aedes aegypti.
04/11/2025 às 13:54por Redação Plox
04/11/2025 às 13:54
— por Redação Plox
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A vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan está próxima de se tornar realidade para a população brasileira. Segundo declaração do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a expectativa é de que o imunizante, aguardando aprovação final da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), seja registrado até o fim de dezembro deste ano. A aplicação, no entanto, só deve começar a partir de 2026, após o término de todo o processo regulatório.
A previsão é que a vacina comece a ser administrada em 2026, após a finalização do registro
Foto: Reprodução/ Pixabay
Vacina nacional próxima do calendário do SUS
O ministro informou que a Anvisa está na etapa final de análise dos estudos de qualidade, segurança e eficácia da vacina. A produção em larga escala será viabilizada por uma parceria internacional entre o Butantan e a farmacêutica chinesa WuXi Biologics. O plano inicial prevê a fabricação de 40 milhões de doses em 2025.
A vacina será destinada a pessoas de 2 a 59 anos e tem previsão de integrar o calendário nacional de imunização a partir de 2026. Atualmente, o Ministério da Saúde já oferece um imunizante contra a dengue a adolescentes de 10 a 14 anos, disponível na rede pública desde 2024.
Dengue: doença, sintomas e sorotipos
A dengue é uma arbovirose, ou seja, uma doença causada por vírus transmitidos por insetos vetores, como o Aedes aegypti. No Brasil, a principal forma de transmissão ocorre pela fêmea desse mosquito. Existem quatro sorotipos conhecidos do vírus — DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 — cada um com características genéticas e linhagens próprias.
Trata-se de uma doença febril aguda, que pode evoluir rapidamente para quadros graves e resultar em óbito. Embora a maioria dos infectados apresente melhora, complicações como dor abdominal, desidratação intensa, alterações no fígado e no sistema neurológico, além de hemorragias, podem ocorrer.
Outros sintomas frequentes da dengue são febre, dor no corpo, manchas vermelhas, dores atrás dos olhos e sangramentos nas mucosas. A zika, por sua vez, apresenta sintomas semelhantes, mas tende a ser menos severa e de curta duração. Apesar de parecerem doenças comuns, todas elas podem ser perigosas e fatais, exigindo atenção aos sinais e diagnóstico preciso.
Situação epidemiológica e resposta nacional
O anúncio sobre a vacina aconteceu durante o lançamento da nova campanha nacional de combate às arboviroses, que engloba, além da dengue, zika e chikungunya. Apesar de uma queda de 75% nos casos de dengue registrada em 2025 na comparação com o ano anterior, o Ministério da Saúde ressalta que o país permanece em situação de atenção.
Atualmente, o Brasil soma 1,6 milhão de casos prováveis de dengue e 1,6 mil mortes associadas à doença. O estado de São Paulo concentra mais da metade das notificações e aproximadamente 64% dos óbitos registrados. O ministro Padilha ressaltou que as mortes anuais não devem ser encaradas como algo normal e reforçou a importância da vacina na estratégia nacional.
Novas tecnologias e estratégias de combate
No enfrentamento ao mosquito transmissor, o Ministério da Saúde vai investir R$ 183,5 milhões em tecnologias inovadoras para o controle do Aedes aegypti. Entre as principais apostas está o método Wolbachia, que utiliza mosquitos infectados com uma bactéria incapaz de transmitir o vírus. A técnica, atualmente presente em 12 municípios, será estendida para 70 cidades até o fim de 2026. Niterói (RJ), pioneira na iniciativa, registrou queda de 89% nos casos de dengue e 60% nos de chikungunya após adoção da medida.
O plano inclui ainda o uso de estações disseminadoras de larvicidas, borrifação intradomiciliar e estratégias de controle reprodutivo do mosquito. Essas ações integram a mobilização nacional marcada para o chamado Dia D da Dengue, no próximo sábado, e reforçam o lema da campanha: “Contra o mosquito, todos do mesmo lado”.
A parceria do Butantan com a WuXi Biologics permitirá a fabricação em larga escala da vacina brasileira, com as instalações da fábrica na China já certificadas pela Anvisa. O governo espera consolidar o registro do imunizante nos próximos meses.
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