Cão considerado morto em pet shop é encontrado vivo dias depois em Bagé, Rio Grande do Sul

Incidente em pet shop gera investigação policial e revolta de tutores

Por Plox

04/12/2023 15h27 - Atualizado há mais de 1 ano

Um cão da raça Yorkshire, chamado Flash, supostamente morto, foi encontrado vivo dias após ser dado como falecido por um pet shop em Bagé, Rio Grande do Sul. A notícia gerou consternação entre os tutores do animal e desencadeou uma investigação policial sobre o ocorrido.

 

Em 17 de agosto, os tutores de Flash, um Yorkshire de 13 anos, deixaram o cão em um pet shop local enquanto viajavam. Durante sua estadia, foi-lhes informado que Flash havia falecido de infarto devido ao susto durante uma tempestade, conforme declarado pela veterinária. A família, entristecida, recebeu um saco contendo o que acreditavam ser os restos mortais do animal, entregue a um funcionário da família para sepultamento, com a presença da veterinária.

 

Contudo, a desconfiança surgiu quando a proprietária do pet shop recusou-se a devolver a coleira de Flash. Ao desenterrarem o suposto corpo, descobriram que, no lugar de Flash, havia materiais orgânicos de outros animais. A família, então, recorreu às redes sociais para informar sobre o desaparecimento do cão.

 

O reencontro ocorreu após uma mulher, que preferiu permanecer anônima, entrar em contato com os tutores de Flash. Ela alegou ter encontrado o cão no dia 24 de agosto e cuidado dele desde então. "A pessoa que encontrou ele ligou para a pet shop e foi orientada a tirar o lenço dele, tirar a coleira dele, queimar e ficar com o cachorro, já que ela [responsável pelo pet shop] já tinha dado o cachorro como morto", relatou Augusto Xavier, tutor de Flash, em entrevista ao UOL.

 

Diante da complexidade do caso, a proprietária do pet shop optou por não se pronunciar, aguardando os resultados da investigação policial. "Aguardamos a investigação da autoridade Policial, cuja orientação foi aguardar conclusão da ouvida de todos envolvidos. Por esses motivos -não tenho nenhuma declaração a prestar", informou o pet shop em nota enviada ao UOL.

 

O delegado Caio Iamamura, encarregado do caso, confirmou que a suspeita prestou depoimento na Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA) de Bagé. As investigações estão em andamento para esclarecer as circunstâncias deste insólito incidente.

 

 


 

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