Impasse na instalação da CPI da Braskem gera polêmica no Senado

Questionamentos sobre a imparcialidade da CPI proposta por Renan Calheiros para investigar a Braskem e o afundamento do solo em Maceió.

Por Plox

04/12/2023 18h10 - Atualizado há cerca de 1 ano

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar a Braskem está enfrentando questionamentos sobre sua validade e imparcialidade. O presidente do Senado em exercício, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), criticou a forma como a CPI foi proposta, alegando que surgiu de maneira viciada, especialmente por ter sido sugerida pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), que teria ligações diretas com a empresa.

(crédito: Reprodução/TV Senado)

Contexto do Afundamento do Solo em Maceió: A CPI tem como objetivo investigar os atos de omissão que contribuíram para o afundamento do solo no bairro de Mutange, em Maceió (AL). A situação é complexa, envolvendo questões ambientais e de segurança pública.

Conflito de Interesses Alegado: Rodrigo Cunha apontou um conflito de interesses, destacando a relação entre Renan Calheiros e a Braskem. Ele mencionou que Renan Calheiros, pai de Renan Filho, ex-governador de Alagoas e atual ministro do Transporte, teria sido presidente da antiga sal-gema, adquirida pela Braskem, e que a Polícia Federal teria identificado um pagamento de R$ 1 milhão a Calheiros para beneficiar a empresa.

Andamento da CPI: Embora a CPI da Braskem tenha obtido as assinaturas necessárias para sua instalação desde 2019, a designação de representantes pelos líderes partidários ainda não aconteceu, atrasando o início dos trabalhos da Comissão.

Cobrança de Renan Calheiros: Renan Calheiros, por outro lado, tem cobrado publicamente que a Braskem disponibilize documentos relacionados à crise em Alagoas. Ele defende o caráter “técnico e objetivo” da CPI para averiguar as responsabilidades jurídicas nas reparações. Calheiros também ameaçou recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) caso o Senado não avance com a instalação da Comissão.

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