Empresário é preso suspeito de estuprar adolescente durante voo para Belém

Homem foi detido pela Polícia Federal no desembarque; Justiça determinou fiança e medidas restritivas

Por Plox

04/12/2024 09h53 - Atualizado há 7 dias

Um empresário varejista foi preso em flagrante na madrugada de segunda-feira (2), acusado de estuprar um adolescente durante um voo da Azul Linhas Aéreas, de São Paulo para Belém. Para evitar agressões por parte de outros passageiros revoltados com a situação, a tripulação precisou trancá-lo no banheiro até a aterrissagem.

Foto:Reprodução/Redes Sociais

Denúncia durante o voo
Segundo as investigações da Polícia Federal, o suspeito, que estava sentado ao lado do adolescente, iniciou uma conversa durante a viagem. A vítima, que estava acompanhada dos pais em assentos separados, percebeu a intenção do homem e se dirigiu ao pai para relatar o ocorrido. Uma discussão foi iniciada no avião, o que levou a tripulação a acionar as autoridades competentes.

Após o pouso da aeronave em Belém, por volta da 1h, plantonistas da Polícia Federal entraram no avião para deter o suspeito. O caso foi registrado como estupro de vulnerável, devido à idade da vítima.

 

Suspeito é empresário do ramo varejista
O acusado, identificado como um empresário que atua no setor varejista e promove sua loja nas redes sociais na cidade de Cametá, a 660 km de Belém, foi encaminhado ao sistema prisional da capital paraense. Ele permanecerá na Central de Custódia Provisória da Marambaia até que seja efetuado o pagamento da fiança de R$ 28,2 mil, determinada pela Justiça Federal.

 

Decisão judicial e restrições impostas
A Justiça Federal acolheu o pedido do Ministério Público Federal (MPF), destacando a gravidade da conduta e a importância de preservar a credibilidade do sistema penal.

Além da fiança, o juiz determinou medidas restritivas ao acusado, como o uso de monitoramento eletrônico, recolhimento domiciliar noturno, proibição de contato com a vítima e seus familiares, e restrição ao uso de transportes coletivos terrestres e aéreos.

“O valor elevado da fiança não teve como foco prioritário a capacidade econômica do acusado, mas sim a necessidade de assegurar a vigência da norma penal diante da gravidade da conduta, reforçar a credibilidade da justiça e demonstrar o compromisso do Judiciário com a proteção dos valores fundamentais do processo penal”, afirmou o MPF em nota.

 

Azul se pronuncia sobre o caso
Por meio de nota, a Azul Linhas Aéreas afirmou que a tripulação seguiu os protocolos internos e garantiu a assistência aos passageiros:
“O protocolo estabelecido pela companhia foi seguido pela tripulação, que prestou toda assistência necessária aos demais clientes. A Azul segue à disposição das autoridades e reforça que repudia qualquer manifestação ou comportamento inadequado que cause constrangimento a seus clientes e tripulantes.”

O caso segue em investigação pelas autoridades, e o cumprimento das condições impostas ao suspeito será monitorado pela Justiça.

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