Ex-policial penal é condenado a 22 anos de prisão por matar jovem após atropelamento de cachorro

Gabriel Ângelo, de 26 anos, voltava de uma festa quando foi assassinado; suspeito usou moto e arma apreendidas em sua casa

Por Plox

04/12/2024 18h15 - Atualizado há cerca de 1 mês

O ex-policial penal Anderson Barbosa de Siqueira foi condenado a 22 anos, 5 meses e 15 dias de prisão pelo assassinato de Gabriel Ângelo Oliveira Araújo, de 26 anos, e pela tentativa de homicídio do primo da vítima, Emanuel Teixeira Avelar. O crime aconteceu em agosto de 2023, em Ribeirão das Neves, na Grande BH.

Na noite do crime, Gabriel voltava de uma festa na companhia da tia e de um amigo, que dirigia um Volkswagen Fox. Ao passarem pela Rua José Cassimiro Nogueira, o amigo atropelou um cachorro que atravessou a via repentinamente.

Ação violenta e desfecho trágico
Segundo testemunhas, o suspeito viu o atropelamento, mas o animal não era dele. Mesmo assim, seguiu o veículo até a residência da família em uma motocicleta. Ao chegar, perguntou quem havia atropelado o cão. Antes que Gabriel e o primo respondessem, ele sacou uma arma e disparou diversas vezes.

A tia da vítima, que estava no banheiro, ouviu os tiros e os gritos de socorro. Gabriel foi levado ao Hospital Municipal São Judas Tadeu, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no bloco cirúrgico.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

Investigação e condenação
Após 14 dias de buscas, Anderson foi preso. A moto e a arma usadas no crime foram encontradas em sua casa. A Justiça o condenou por homicídio qualificado, com pena de 19 anos e 3 meses de prisão, e por tentativa de homicídio, com pena de 6 anos e 5 meses, totalizando mais de 22 anos em regime fechado.

Decisão judicial
A juíza Fernanda Chaves Carreira Machado destacou o abuso na conduta do acusado, que possuía experiência em segurança pública e estava ciente dos riscos do porte de arma. A ação, segundo a magistrada, colocou outras pessoas em perigo, incluindo moradores da casa vizinha, que também foi atingida pelos disparos.

Repercussão do caso
O crime gerou comoção pela violência desproporcional e levantou debates sobre o uso de armas por profissionais de segurança e o impacto de distúrbios psiquiátricos, alegados pela defesa do acusado.

Conforme informações da Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo, Siqueira é um ex-funcionário da Penitenciária Feminina de Guariba e "solicitou desligamento voluntário em 25 de julho".

O acusado também atuou como agente penitenciário em Minas Gerais no período de 2010 a 2015.

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