PMs são afastados após vídeo flagrar homem sendo jogado de ponte em SP
Secretaria promete punição rigorosa aos envolvidos
Por Plox
04/12/2024 13h31 - Atualizado há cerca de 2 meses
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um policial militar jogando um homem de uma ponte na cidade de São Paulo. O caso, ocorrido na madrugada de segunda-feira (2), na região de Americanópolis, Zona Sul, gerou grande repercussão. Segundo informações da Ouvidoria da Polícia, ao menos 13 policiais militares que atenderam à ocorrência foram afastados pelo governo estadual enquanto os fatos são apurados.
A filmagem, registrada na Rua Padre Antônio de Gouveia, na Vila Clara, exibe três policiais no local. Um deles aparece segurando um homem pelas costas, que veste uma camiseta azul, e o levanta pelas pernas antes de jogá-lo no Córrego do Cordeiro, a cerca de 3 metros de altura. Após a queda, o corpo do homem é visto boiando em águas rasas.
Declarações e investigação
O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, utilizou suas redes sociais para condenar a ação e prometeu uma "severa punição" aos responsáveis. A Polícia Militar, em nota, repudiou a conduta mostrada no vídeo e anunciou a instauração de um Inquérito Policial Militar (IPM).
“A PM tem um legado construído ao longo dos anos que não pode ser manchado por atitudes antiprofissionais como essa”, afirmou a corporação. O comandante-geral da PM, coronel Cassio Araújo de Freitas, disse que as imagens capturadas pelas câmeras acopladas às fardas dos policiais estão sendo analisadas pela Corregedoria.
Freitas enfatizou que erros individuais não refletem a instituição como um todo, embora reconheça a gravidade do ocorrido. “É chocante ver uma cena dessas. Contudo, em uma instituição com 90 mil integrantes, falhas podem ocorrer, mas são pontuais, não sistêmicas.”
Reações oficiais
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, também se pronunciou, classificando a atitude do policial como "absurda". Em uma publicação no X (antigo Twitter), ele destacou que a Polícia Militar do estado tem como principal missão proteger a população.
“Aquele que comete um ato extremo como atirar pelas costas ou jogar uma pessoa de uma ponte não está à altura de usar a farda da PM”, escreveu o governador.
O procurador-geral de Justiça do Estado, Paulo Sergio de Oliveira e Costa, definiu as imagens como "estarrecedoras e inadmissíveis" e determinou esforços para a responsabilização penal dos envolvidos.