A 3ª Promotoria de Justiça Militar do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) emitiu uma recomendação ao Governo do Distrito Federal (GDF) em razão da greve geral dos caminhoneiros convocada por parte da categoria.

Entre as diretrizes apontadas, o órgão orienta que o GDF realize monitoramento permanente das redes sociais para identificar com antecedência possíveis pontos de concentração e a movimentação de lideranças do movimento.

nos de contingência e disciplina na corporação

No documento, o promotor de Justiça militar Flávio Milhomem solicita que a Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF) e a Polícia Militar do DF (PMDF) elaborem planos de contingência e contenção, com definição de escalas de serviço e de distribuição estratégica do efetivo.

Essas medidas devem priorizar a atuação preventiva nas vias de acesso ao Distrito Federal, nas rodovias e em áreas consideradas sensíveis da capital federal, com o objetivo de organizar a resposta do poder público a eventuais bloqueios ou manifestações.

O promotor também recomenda que as pastas instaurem procedimentos apuratórios disciplinares em casos de eventual participação de policiais militares da ativa, fardados ou não, em manifestações de cunho político ou consideradas atentatórias à hierarquia e à disciplina.

Convocação da greve dos caminhoneiros

A manifestação convocada por parte dos caminhoneiros estava prevista para começar nesta quinta-feira (4/12). Até as 8h, porém, o Distrito Federal e o Entorno amanheceram sem bloqueios, interdições, manifestações ou qualquer tipo de aglomeração nas rodovias federais, segundo informações registradas até o início da manhã.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), não houve comunicação formal sobre mobilizações em rodovias de todo o país.

Um dos representantes do movimento, Francisco Burgardt, membro do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens de Ourinhos (Sindicam-SP), informou que o ato seria realizado seguindo todas as medidas impostas pela lei.

Reivindicações do setor

Na segunda-feira (1º/12), um ofício foi protocolado junto ao Palácio do Planalto comunicando oficialmente ao governo sobre a greve.

Entre as principais reivindicações dos caminhoneiros estão a estabilidade contratual do caminhoneiro, a garantia do cumprimento das leis que regulam a atividade, a reestruturação do Marco Regulatório do Transporte de Cargas e a concessão de aposentadoria especial após 25 anos de trabalho, comprovada por meio de recolhimento ou documento fiscal emitido.