O corpo de Gleycielle França de Souza, de 32 anos, foi velado e sepultado nesta quinta-feira (4) no Cemitério Senhor do Bonfim, em Coronel Fabriciano, no Vale do Aço. O velório ocorreu entre 7h e 13h. Ela morreu após um crime brutal registrado em Vila Velha, no Espírito Santo.

Gleycielle foi espancada dentro de casa, em um ataque de extrema violência. Segundo as informações iniciais, ela teve a cabeça violentamente batida no chão e na parede, além de sofrer chutes e socos.

O principal suspeito do crime é o marido da vítima, que foi imobilizado por moradores e amarrado a um poste até a chegada da Polícia Militar.

Crime ocorreu na frente dos filhos

Naturais de Coronel Fabriciano, Gleycielle e o companheiro moravam no Espírito Santo. O crime aconteceu na residência do casal e foi presenciado pelas duas crianças da família: o filho mais velho da vítima, de 11 anos, e um bebê de 1 ano, filho do casal.

De acordo com as primeiras informações, o menino de 11 anos correu para a rua em busca de ajuda após presenciar as agressões. Gleycielle chegou a ser socorrida e levada ao Hospital São Lucas, mas não resistiu aos ferimentos.

Suspeito permanece internado sob escolta

Após ser contido pelos moradores, o suspeito foi encaminhado ao Hospital Jaime Santos Neves, na Serra, onde segue internado sob escolta. Assim que receber alta hospitalar, ele deverá ser encaminhado ao sistema prisional.

Crianças são acolhidas e família se mobiliza

As duas crianças foram levadas inicialmente para um abrigo. Em seguida, o menino mais velho foi buscado pelo pai biológico, que assumiu a responsabilidade por ele.

Abalada, a família de Gleycielle compareceu ao Instituto Médico Legal (IML) de Vitória para reconhecer o corpo e, depois, seguiu para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para os trâmites legais.

Um irmão de Gleycielle, que viajou de Minas Gerais, relatou que ela estava desfigurada em razão das agressões.

Investigação por feminicídio qualificado

Conforme a Polícia Civil, o suspeito foi autuado inicialmente por tentativa de feminicídio qualificado. Com a confirmação da morte, a tipificação deve ser alterada para feminicídio consumado.

O caso segue sob investigação como feminicídio qualificado, em meio à dor da família e à repercussão da violência sofrida pela vítima.