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Lazer
São Paulo ganha primeira praia de surfe artificial de luxo às margens da Marginal Pinheiros
São Paulo Surf Club inaugura piscina de ondas programadas com tecnologia exclusiva, acesso restrito a sócios de até R$ 1,25 milhão e integração a complexo residencial de alto padrão
04/12/2025 às 08:48por Redação Plox
04/12/2025 às 08:48
— por Redação Plox
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São Paulo ganhou nesta quinta-feira (4) sua primeira praia de surfe artificial: um clube de luxo com piscina de ondas programadas, instalada às margens da Marginal Pinheiros, no Real Parque, bairro nobre do Morumbi, na Zona Sul da capital. O acesso é exclusivo para membros, mediante a compra de um título de R$ 1,25 milhão e pagamento de mensalidade de R$ 3,3 mil.
Clube de alto padrão abriu nesta quinta-feira (4) a primeira praia de surfe artificial de São Paulo, com piscina de 220 metros
Foto: Reprodução / Redes sociais.
Batizado de São Paulo Surf Club, o espaço tem uma piscina de 220 metros, capaz de gerar ondas de até 22 segundos de duração — mais que o dobro do período médio das ondas em oceanos, que costuma ficar entre 8 e 10 segundos. A estrutura foi planejada para lembrar resorts de alto padrão, com coqueiros, areia clara e vista para a Ponte Estaiada Octavio Frias de Oliveira.
Da entrada, na Av. Duquesa de Goiás, 571, o conjunto lembra outros empreendimentos administrados pelo mesmo grupo — hotéis cinco estrelas, shoppings, aeroportos e restaurantes, como o Fasano, todos da JHSF. O contraste maior, porém, aparece ao chegar à praia artificial: duchas, pedras marinhas, vegetação tropical, ondas sincronizadas e água tratada a poucos metros da Marginal Pinheiros, cuja despoluição ainda depende de promessas não cumpridas por gestões municipal e estadual.
Ondas programadas e tecnologia exclusiva
A ambientação reforça o clima de resort urbano de luxo e, por alguns instantes, faz esquecer o entorno de prédios, concreto e trânsito intenso. No horário de almoço da visita, enquanto os carros se acumulavam na Marginal Pinheiros, surfistas se revezavam nas ondas da piscina.
O equipamento chama atenção pelo porte: são milhões de litros de água potável, o equivalente a várias piscinas olímpicas. A tecnologia PerfectSwell®, desenvolvida pela American
Wave Machines e com uso exclusivo da JHSF no Brasil, permite programar totalmente as ondas: altura, formato, velocidade e duração são definidos por controles eletrônicos.
É a mesma tecnologia usada no Boa Vista Village, empreendimento da JHSF em Porto Feliz, no interior paulista, inaugurado em 2023.
Primeiros passos na piscina de ondas
Antes de entrar na água, quem nunca surfou passa por uma aula obrigatória em solo firme. Instrutores apresentam as partes da prancha — bico, deck, leash, ponta, quilhas e fundo — e orientam como posicionar o corpo e distribuir o peso. Depois, conduzem um aquecimento com movimentos que simulam remar, levantar e estabilizar o corpo, como se o aluno estivesse no mar.
Concluída essa etapa, cada participante é direcionado até a borda da piscina, que tem o muro lateral marcado de 1 a 15. Cada número indica um tipo de onda disponível.
Um dos instrutores explicou que, dependendo do ponto de partida, o comportamento da onda muda bastante e que, para iniciantes, a constância e previsibilidade ajudam no aprendizado.
A professora Elisângela Bortoletti relatou que deixou São Paulo em 2009 para dar aulas de surfe em Bertioga e agora voltou justamente para trabalhar com o esporte na capital. Outro professor comentou que a cena de surfistas na Marginal Pinheiros deve se tornar parte da rotina paulistana, com pessoas indo trabalhar de bicicleta com a prancha debaixo do braço.
A profundidade da piscina chega a 4 metros em alguns trechos, mas a maior parte da área de surfe é rasa e tem fundo de concreto, o que exige atenção redobrada nas quedas.
Com visual de resort de alto padrão, com coqueiros, areia clara e vista para a Ponte Estaiada Octavio Frias de Oliveira
Foto: Reprodução / Redes sociais.
Clube de alto padrão com seis andares de lazer
O São Paulo Surf Club funciona das 6h às 23h, de quinta a terça-feira, exclusivamente para membros. A empresa não informa se é possível levar convidados.
O acesso se dá por meio de um título, espécie de “chave de acesso” a clubes privados. A pessoa paga um valor para adquirir o direito de usar toda a infraestrutura, geralmente estendido a cônjuge e filhos. Em muitos clubes, esse título pode ser vendido, transferido ou herdado, além de exigir pagamento de mensalidades.
O complexo foi distribuído em seis andares, todos voltados ao lazer de alto padrão. No térreo fica a área principal, com o acesso à praia artificial e à piscina de surfe, o lobby, vestiários e ambulatório. Também ali estão o restaurante envidraçado com vista para as ondas, o bar, o depósito de pranchas, a loja, um amplo kids club e piscinas externas que circundam a estrutura, em estilo de resort tropical.
No segundo andar concentram-se as atividades esportivas “secas”: academia completa, quadras de pickleball e squash, salas de massagem, áreas de relaxamento e uma raia aquecida de 25 metros para natação. O andar também abriga um salão de beleza.
O terceiro piso mantém o foco no bem-estar, com outra área de fitness, sala de pilates e um spa completo. Do lado de fora, estão quatro quadras de tênis de saibro, abertas e com vista para a piscina de surfe e para o skyline da Zona Sul.
No quinto andar funcionam os escritórios administrativos. Acima deles, no último pavimento, ficam a quadra poliesportiva e uma quadra rápida de tênis, cercadas por grades transparentes que permitem vista panorâmica da cidade.
A estrutura de resort de luxo vem acompanhada de um valor compatível: um título vitalício custa R$ 1,2 milhão.
Residencial com vista para a praia artificial
O projeto inclui ainda o São Paulo Surf Club Residences, empreendimento residencial em fase de pré-reserva e com lançamento previsto para o primeiro semestre de 2026. A construção deve começar após o lançamento, com prazo de entrega estimado em quatro anos a partir do início das obras.
Quem comprar um apartamento terá acesso ao clube e vista para a praia artificial, mas também precisará adquirir um título. Os edifícios terão unidades de 260 m² a 870 m², com três a quatro suítes. A estimativa é de que o metro quadrado custe em torno de R$ 45 mil, o que pode levar o valor de um imóvel a cerca de R$ 36 milhões.
Para a JHSF, o projeto simboliza uma nova fase do lazer urbano em São Paulo. O campeão olímpico de surfe Ítalo Ferreira participou de um evento fechado para convidados, realizado no último domingo (30), e destacou a possibilidade de integrar o esporte à rotina da cidade.
Enquanto isso, em tardes comuns, alguns poucos terão a chance de enfrentar tubos milimetricamente calculados por algoritmos a poucos metros de um dos trânsitos mais congestionados do país.
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