Alerta de segurança: crescimento em golpes virtuais previsto para 2024

Especialistas apontam para novas técnicas de cibercrime e aumento de fraudes financeiras no Brasil

Por Plox

05/01/2024 08h05 - Atualizado há mais de 1 ano

Os golpes virtuais estão em constante evolução e, de acordo com o Panorama de Ameaças de 2023 na América Latina, estima-se um crescimento de 32% no Brasil. Este dado alarmante foi divulgado pela empresa de segurança virtual Kaspersky, que também projetou em seu relatório "Kaspersky Vertical Threat Predictions for 2024" as principais ameaças financeiras esperadas para este ano.

Segundo Fabio Assolini, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky para a América Latina, o cibercrime está se tornando mais eficiente, com técnicas de golpes, como ransomware e fraudes financeiras, alcançando um estágio de maturidade. Assolini destaca que os criminosos estão minimizando esforços necessários para obter lucros. "O cibercrime está simplificando suas operações," ele afirma.

 

Tecnologias emergentes como alvo 

A inteligência artificial está entre as ferramentas que serão cada vez mais utilizadas para criar conteúdos fraudulentos, como anúncios e sites que imitam canais legítimos, dificultando a distinção entre o real e o falso. Isso, segundo os especialistas da Kaspersky, levará a uma onda de fraudes de baixa qualidade, mas com grande potencial de enganar as vítimas.

 

Novas modalidades de golpe com o Pix 

O Pix, sistema de pagamento instantâneo brasileiro, surge como um dos principais alvos dos cibercriminosos. Espera-se o surgimento de novos malwares bancários, especialmente trojans para celulares, projetados para explorar as facilidades do Pix em esquemas fraudulentos.

 

Transferências automáticas e ataques de ransomware 

Os trojans bancários agora podem redirecionar automaticamente transferências via Pix, aumentando a escala e a eficácia dos golpes. Paralelamente, ataques de ransomware se tornarão mais seletivos, visando maximizar pagamentos de resgate e prejudicar ainda mais as empresas.

 

Vulnerabilidades em programas de código aberto e dispositivos mal-configurados 

Os cibercriminosos explorarão cada vez mais vulnerabilidades em softwares de código aberto, aumentando os riscos de violações de dados e perdas financeiras. Além disso, um aumento nos ataques contra dispositivos e serviços on-line mal-configurados é previsto.

Por fim, Assolini adverte sobre a visão das empresas brasileiras em relação à cibersegurança, muitas vezes vista como um custo e não como um investimento necessário. Ele alerta para o perigo dessa abordagem, especialmente considerando a crescente sofisticação e profissionalização dos criminosos digitais. "Infelizmente, as empresas brasileiras ainda enxergam a cibersegurança como um custo e priorizam o preço mais baixo," conclui Assolini, destacando a importância de uma defesa proativa contra os ataques cibernéticos.

 

 


 

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