Brasil quita todas as dívidas com organismos internacionais

Governo brasileiro paga R$ 4,6 bilhões, garantindo direitos de voto em entidades como a ONU e reforçando compromisso com multilateralismo

Por Plox

05/01/2024 07h21 - Atualizado há mais de 1 ano

Em uma ação significativa no cenário global, o Brasil, conforme relatado pela Agência Brasil, pagou R$ 4,6 bilhões em dívidas a organismos internacionais em 2023, zerando assim seus compromissos financeiros. Este esforço conjunto dos Ministérios das Relações Exteriores e do Planejamento e Orçamento fortalece a imagem do país no cenário internacional.

Detalhamento do Pagamento

Valor e Destinação dos Pagamentos

Do total de R$ 4,6 bilhões pagos, R$ 2,7 bilhões correspondiam a valores pendentes ao final de 2022, e R$ 1,9 bilhão a compromissos de 2023. Entre os pagamentos mais significativos estava a quitação de R$ 289 milhões à ONU em contribuições regulares e R$ 1,1 bilhão em dívidas com missões de paz.

Importância para a Diplomacia Brasileira

O pagamento assegura o direito de voto do Brasil na Assembleia Geral da ONU em 2024, um ano crucial em que o Brasil preside o G20 e recentemente presidiu o Conselho de Segurança da ONU. A regularização das dívidas é vista como um passo importante no reforço da atuação diplomática brasileira e na reafirmação do compromisso do país com o multilateralismo.

Impactos em Diversas Áreas

Recuperação de Direitos em Organismos Internacionais

O Brasil recuperou seu direito de voto em várias organizações, incluindo a Organização Internacional para as Migrações, a Agência Internacional de Energia Atômica, e o Tribunal Penal Internacional.

Pagamentos em Áreas Estratégicas

Além das contribuições para entidades globais, o Brasil saldou dívidas em áreas críticas como meio ambiente e mudança do clima, reforçando seu compromisso nessas esferas. Isso inclui contribuições para a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima e o Protocolo de Quioto.

Regularização na Esfera Regional

Aportes para o Mercosul

O Brasil regularizou cerca de R$ 500 milhões em aportes para o Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul, crucial para financiar projetos em municípios brasileiros. Além disso, saldou dívidas com o Instituto Social do Mercosul e outras entidades regionais.

Perspectivas Futuras

Prevenção de Novas Dívidas

Para evitar acumular novas dívidas, o Orçamento de 2024, aprovado em dezembro, tornou obrigatórias as despesas com organismos internacionais e compromissos em tratados externos. Esta mudança é vista como uma correção de uma inadequação histórica e deve conferir mais previsibilidade à atuação internacional do Brasil.


 

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