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As transações via Pix registraram uma queda mais intensa do que o padrão histórico no mês de janeiro de 2025, em um período marcado por desinformação sobre uma suposta taxação do meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros. Apesar disso, o Banco Central (BC) afirmou que o movimento segue dentro da variação sazonal esperada para o início do ano.
Redução nas transações superou anos anteriores
O Pix costuma apresentar uma queda no volume de operações nos primeiros meses do ano, já que dezembro concentra um maior consumo impulsionado pelo pagamento do 13º salário e pelas festas de fim de ano. No entanto, a redução observada de dezembro de 2024 para janeiro de 2025 foi de 11,4%, acima dos 8,6% registrados no mesmo período do ano anterior. Comparando outros anos, a retração foi de 9,9% entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, e de 10,7% entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022.
Outro dado que chamou atenção foi que, pela primeira vez desde sua criação em 2020, o volume de operações via Pix em janeiro (5,06 bilhões) foi inferior ao registrado em novembro de 2024 (5,17 bilhões).
Banco Central atribui queda à maturidade do sistema
Para o Banco Central, esse comportamento reflete a estabilização do crescimento do Pix à medida que o sistema amadurece. A instituição explicou que a desaceleração no número de transações era esperada e alinhada ao comportamento natural da ferramenta.
"É esperado que, com a maturidade da nova tecnologia, haja um arrefecimento nas altas taxas de crescimento interanuais, o que se observou, de fato, nas estatísticas ao longo do último ano", declarou o BC.
Alta da Selic pode ter influenciado a retração
Outro fator que pode ter contribuído para a redução no número de transações foi o aumento da taxa básica de juros (Selic), anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na semana anterior. A taxa foi elevada em um ponto percentual, alcançando 13,25% ao ano, o que impacta diretamente a atividade econômica. Com a desaceleração do consumo, o volume de operações financeiras tende a cair, refletindo no Pix.
Fake news sobre taxação e reação do governo
Apesar da explicação técnica do BC, o recuo nas transações também coincidiu com a disseminação de informações falsas sobre uma suposta taxação do Pix, que gerou confusão entre usuários do sistema.
A polêmica surgiu após a Receita Federal estabelecer novas regras para o monitoramento de transações financeiras. A norma, que entrou em vigor em 1º de janeiro, determinava que instituições de pagamento e operadoras de cartão de crédito deveriam reportar operações acima de R$ 5.000 mensais para pessoas físicas e R$ 15.000 para empresas. Antes da mudança, a obrigação era restrita a bancos tradicionais e cooperativas de crédito, com limites mais baixos.
A atualização gerou uma onda de desinformação nas redes sociais, incluindo alegações falsas sobre novas taxas para transações via Pix. A repercussão foi tão negativa que o governo federal decidiu revogar a medida em 15 de janeiro. No dia seguinte, publicou uma medida provisória reafirmando que não haverá cobrança de impostos sobre o Pix para pessoas físicas.
Impacto político e crise na popularidade do governo
A crise gerada pela falsa taxação do Pix não ficou restrita ao setor econômico e repercutiu também no cenário político. A campanha de desinformação foi amplamente impulsionada por políticos da oposição, com destaque para um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que ganhou grande alcance nas redes sociais.
O episódio também coincidiu com uma queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pesquisa da Quaest, divulgada em 27 de janeiro, apontou que a avaliação negativa do governo superou a positiva pela primeira vez.
Diante do impacto da crise, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou a disseminação de fake news e afirmou que os responsáveis serão cobrados: "O estrago causado está feito por esses inescrupulosos, inclusive senador e deputado, agindo contra o Estado. Essas pessoas vão ter que responder pelo que fizeram, mas não queremos contaminar a tramitação da MP no Congresso", declarou.
A turbulência envolvendo o Pix escancarou a influência das redes sociais na economia e política do país, além de reforçar a necessidade de combater a disseminação de informações falsas que podem afetar diretamente o comportamento dos consumidores e a estabilidade do sistema financeiro.
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