Especialistas dizem que enfermeira condenada por matar bebês pode ser inocente
Comitê internacional aponta causas naturais e falhas médicas como explicação para mortes atribuídas a Lucy Letby
Por Plox
05/02/2025 09h09 - Atualizado há cerca de 1 mês
A condenação de Lucy Letby, enfermeira sentenciada a 15 penas de prisão perpétua pelo assassinato de sete bebês e tentativa de assassinato de outros sete, pode ter sido um erro judicial. Um comitê internacional de médicos analisou evidências do caso e concluiu que as mortes podem ter ocorrido por causas naturais ou falhas nos cuidados médicos.

Relatório aponta erro judicial
O presidente do comitê, Dr. Shoo Lee, afirmou que as análises revelam que “em todos os casos, a morte ou os ferimentos foram de causas naturais ou apenas por cuidados médicos inadequados”. O relatório completo será enviado à defesa de Letby até o final do mês, para ser apresentado à Comissão de Revisão de Casos Criminais do Reino Unido, segundo a BBC.
O comitê responsável pelo estudo inclui 14 especialistas do Canadá, Estados Unidos, Japão, Alemanha, Suécia e Reino Unido. Eles revisaram 17 casos mencionados na acusação contra Letby e classificaram sua avaliação como "imparcial e baseada em evidências".
Acusação e possível falha no julgamento
Letby foi condenada sob a alegação de que injetou ar nas veias ou artérias dos bebês, provocando embolia gasosa. No entanto, o Dr. Shoo Lee contesta essa tese, afirmando que há provas de que isso não ocorreu. Ele revelou que se interessou pelo caso após descobrir que um artigo científico de sua coautoria sobre embolia gasosa foi usado pela acusação no julgamento.
Revisão do caso e impacto para as famílias
Com as novas descobertas, a Comissão de Revisão de Casos Criminais avaliará a solicitação de revisão do processo. Em comunicado, o órgão destacou que o caso tem gerado "muita especulação e comentários" e pediu respeito às famílias dos bebês que morreram no Hospital Countess of Chester entre junho de 2015 e junho de 2016.
Letby sempre se declarou inocente e agora aguarda os próximos passos da Justiça diante das novas evidências que podem reverter sua condenação.