Ministro confirma mudança na política de preço da Petrobrás

Desde 2016, a estatal utiliza o Preço por Paridade de Importação (PPI), baseado nos valores internacionais e influenciado pela cotação do petróleo e oscilação do dólar

Por Plox

05/04/2023 12h57 - Atualizado há mais de 1 ano

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), anunciou nesta quarta-feira (5) que a Petrobras modificará sua política de preços dos combustíveis. Desde 2016, a estatal utiliza o Preço por Paridade de Importação (PPI), baseado nos valores internacionais e influenciado pela cotação do petróleo e oscilação do dólar. Silveira afirmou, em entrevista à GloboNews, que a nova política terá como base o mercado interno.

O ministro considera o PPI um "absurdo" e propõe o Preço de Competitividade Interno (PCI) como alternativa. "O tal PPI é um verdadeiro absurdo. Nós temos que ter o que eu tenho chamado de PCI, Preço de Competitividade Interno", declarou. Com a mudança, Silveira estima que o preço do diesel possa ter uma redução entre R$ 0,22 e R$ 0,25 por litro.

Silveira informou que a Petrobras já recebeu orientação para modificar as diretrizes que determinam os preços. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado.

 

Implementação da nova política após assembleia geral

Silveira informou que a Petrobras já recebeu orientação para modificar as diretrizes que determinam os preços. A empresa começará a implementar as mudanças após a próxima assembleia geral, marcada para o final de abril. A partir desse momento, "o equilíbrio entre o conselho e a diretoria vai visar buscar a implementação dessa nova política de preço" com base no mercado interno, afirmou.

O ministro ressaltou que a governança e natureza jurídica da Petrobras continuarão sendo respeitadas, mas exigirá que a empresa cumpra sua função estatal, prevista na Lei das Estatais e na Constituição Federal. "Vamos exigir da Petrobras, como controladores da Petrobras, que ela respeite o povo brasileiro", destacou.

"Colchão" para amortecer impacto de crises internacionais

Silveira explicou que a estatal deverá criar um "colchão de amortecimento" para suavizar o impacto das crises internacionais nos preços dos combustíveis no Brasil. Embora admita que o mecanismo não seja garantia para solucionar definitivamente o problema das flutuações, o ministro reforçou a importância da Petrobras na questão social brasileira. "A Petrobras tem sim muito para poder contribuir com a questão social brasileira", concluiu.


 

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