Defesa se manifesta sobre prisão do pastor Davi Passamani acusado de crime sexual

Na esteira das recentes notícias envolvendo a prisão do pastor Davi Passamani em Goiânia, a defesa do líder religioso veio a público para esclarecer e criticar os fundamentos da detenção. Segundo a defesa, a autoridade policial justificou a prisão alegando que a presença de Passamani em eventos de louvor poderia representar um risco para a sociedade, dada a possibilidade de surgirem novas vítimas de assédio. 

Curiosamente, quando questionada sobre a existência de outras razões para a prisão, a resposta foi negativa, mas a entrega da cópia da decisão judicial que embasou a ação foi negada.

Ponto de vista da defesa

A defesa do pastor Davi Passamani  aponta que a prisão se relaciona a um inquérito policial iniciado no final de 2023, investigando suspeitas de assédio. No entanto, critica a autoridade policial por não concluir o inquérito dentro do prazo estipulado de 30 dias, sugerindo uma possível motivação para criar um "espetáculo público". As informações contidas no inquérito são descritas pela defesa como "vazias, lacunosas e genéricas".

Importante ressaltar que a defesa enfatiza que Davi Passamani nunca foi condenado criminalmente por assédio sexual, rejeitando veementemente as acusações. A nota da defesa vai além, sugerindo que as alegações contra Passamani fazem parte de uma "conspiração" com o objetivo de destruir sua imagem, levar à ruína financeira e impedi-lo de praticar suas atividades religiosas. A defesa promete que, no momento oportuno, tomará medidas legais contra os supostos conspiradores, cujos nomes serão divulgados.

Nota defesa Pastor Passamani
A AUTORIDADE POLICIAL informou verbalmente a este advogado que o motivo da prisão seria o fato de DAVI PASSAMANI estar presente em louvores e isso representa risco à sociedade de ocorrência de possíveis novas vítimas de assédio. Indagada se era somente isso, ela disse que sim. Porém, se negou a entregar a cópia da decisão judicial que fundamentou a prisão, embora tenha certificado sua negativa.

Está prisão, segundo a delegada, está relacionada ao inquérito policial inaugurado no final do ano de 2023 por suspeita de assédio, porém, embora esgotado o prazo de 30 dias para a conclusão dele, a autoridade policial foi omissa e não o concluiu, provavelmente, aguardando o momento oportuno para o espetáculo público. A defesa qualifica as informações contidas nesse inquérito de vazias, lacunosas e genéricas.

Ressalte-se que DAVI PASSAMANI nunca foi condenado criminalmente por tipo penal de assédio sexual e a defesa nega tais acusações. Reafirma-se, mais uma vez, que tudo não passa de uma conspiração para destruição de sua imagem e investida ilegítima de seu patrimônio, ruína financeira, bem como o impedimento de qualquer prática religiosa. No momento estratégico adequado, seus conspiradores, todos eles, serão representados e seus nomes divulgados.

A defesa desconhece qualquer ordem judicial que o impeça de qualquer prática religiosa e não descumpriu ele nenhuma ordem judicial. Providências serão tomadas para a retomada de sua liberdade.

Entenda o caso

O pastor Davi Passamani foi preso na noite dessa quinta-feira (4) sob suspeita de envolvimento em crimes sexuais. A prisão, em Goiânia, foi executada por agentes da Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher, com a investigação sendo iniciada após o surgimento de duas acusações de assédio contra ele. 

A defesa de Passamani confirmou a prisão, mencionando que ele foi detido durante um evento de louvor e prometeu uma futura declaração sobre o caso.

Antes de se tornar uma figura atuante em Goiânia, Davi Passamani viveu em Ipatinga, Minas Gerais. Ele decidiu se mudar da cidade com a esposa e as duas filhas. Sua jornada o levou a fundar a igreja A Casa, em Goiânia, após renunciar ao cargo de presidente e líder religioso em dezembro de 2023, em meio a acusações de importunação sexual. Passamani é uma figura de destaque no meio gospel, liderando por mais de uma década o Ministério Ipiranga, ligado à Igreja do Evangelho Quadrangular do Ipiranga, em São Paulo. Em 2010, deixou o grupo para seguir carreira solo, lançando cinco álbuns até 2018.

Denúncias e consequências legais
Uma das acusações veio à tona em 20 de dezembro de 2023, quando uma vítima relatou à polícia que Passamani O histórico de Davi Passamani com denúncias de natureza sexual remonta a março de 2020, quando uma jovem de 20 anos o acusou de importunação sexual através das redes sociais. A denúncia, levada à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher em Goiânia, incluía áudios, mensagens de texto e até um vídeo de uma chamada, todos alegadamente provando o comportamento inapropriado do pastor mais de um ano antes da acusação.
Apesar da seriedade das acusações, um dos processos contra Passamani foi arquivado pela Justiça por falta de evidências conclusivas. No entanto, uma nova denúncia emergiu em dezembro de 2023, com outra vítima alegando ter recebido mensagens de conteúdo sexual explícito, além de uma chamada de vídeo onde Passamani exibiu seu órgão sexual. Esta investigação permanece em sigilo. Segundo a polícia, a jovem contou que havia procurado Davi Passamani após passar por uma crise em seu no namoro. Segundo ela, o objetivo era pedir um aconselhamento. Após ela agradecer as orações, Davi teria partido para investidas sexuais.