Menu

Siga o Plox nas Redes Sociais!

Não perca nenhuma notícia que movimenta o Brasil e sua cidade.

É notícia? tá no Plox
Política

AGU libera atuação de Janja, mas exige divulgação de agenda e gastos

Parecer autoriza cônjuge do presidente a exercer papel público voluntário, desde que com transparência em despesas e compromissos

05/04/2025 às 14:18 por Redação Plox

A Advocacia-Geral da União (AGU) publicou um parecer nesta sexta-feira (4) que estabelece parâmetros para a atuação do cônjuge do presidente da República. A iniciativa, solicitada pela Casa Civil, surge em meio a questionamentos sobre os gastos e a visibilidade da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, especialmente em viagens oficiais.


*


O parecer da AGU determina que a atuação do cônjuge presidencial deve ser de interesse público, não remunerada e voluntária. No entanto, exige que haja transparência total sobre viagens e uso de recursos públicos, com divulgação obrigatória no Portal da Transparência e em sites oficiais do governo. Além disso, a agenda de compromissos públicos também deve ser tornada pública.


*


Segundo a AGU, o cônjuge do presidente desempenha uma função simbólica e representativa nas esferas social, cerimonial, política, diplomática e cultural, e sua atuação deve seguir os princípios da administração pública: legalidade, imparcialidade, moralidade, publicidade e eficiência. O texto ainda prevê que, em situações que envolvam segurança ou privacidade, será possível restringir o acesso às informações, desde que avaliado caso a caso.


*


O documento se insere no contexto de polêmicas recentes envolvendo Janja. Durante uma visita a Paris, o governo federal gastou R$ 203,6 mil com a estadia da comitiva da primeira-dama. Ela também participou de eventos como as Olimpíadas de Paris e a Cúpula do G-20, mesmo sem exercer um cargo oficial. Em outra ocasião, viajou para Roma, na Itália, para um evento do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrário (Fida), como colaboradora do Ministério do Desenvolvimento Social. O valor das passagens de ida e volta em classe executiva somou R$ 34,1 mil.


Janja chegou a ser cotada para representar o Brasil na 69ª sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher (CSW), na ONU, em Nova Iorque. No entanto, acabou desistindo da viagem, e, segundo bastidores, a queda de popularidade dela e do presidente Lula influenciou essa decisão.


Mesmo sem um cargo formal, Janja atua ativamente na agenda social do governo. Recentemente, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu a criação de um cargo honorífico para a primeira-dama, classificando como injustos os questionamentos e pedidos de informação sobre sua atuação.


A estrutura que apoia Janja, apesar de sua posição informal, é composta por pelo menos 12 profissionais, incluindo assessora de imprensa, fotógrafos, especialistas em redes sociais e até um militar que atua como ajudante de ordens.


Compartilhar a notícia

Veja também
Mauro Cid relata pressão de advogados ligados a Bolsonaro para influenciar delação
POLíTICA

Mauro Cid relata pressão de advogados ligados a Bolsonaro para influenciar delação

Ex-ajudante de ordens afirma que defensores do ex-presidente tentaram obter informações sobre colaboração premiada por meio de sua família

Novo PAC contempla Timóteo com obras de drenagem e contenção de encostas
POLíTICA

Novo PAC contempla Timóteo com obras de drenagem e contenção de encostas

Projeto prevê contenção de encostas e beneficia diretamente cerca de 600 famílias em 12 bairros da cidade

Comitiva
POLíTICA

Vídeo: comitiva brasileira que foi a ONU poderá sair de quarentena neste sábado (25)

Integrantes da comitiva ficaram em isolamento após ministro da Saúde testar positivo para Covid-19

POLíTICA

Cid aponta Michelle e Eduardo Bolsonaro como líderes de grupo pró-golpe em depoimento à PF

Ex-ajudante de ordens revela estratégias para evitar posse de Lula e cita nomes de figuras influentes no governo Bolsonaro.

para você