Saúde

Artrose na coluna causa dores intensas e não tem cura, alertam especialistas

Doença degenerativa afeta articulações da coluna e tem tratamento focado no alívio dos sintomas, sem cura definitiva

05/04/2025 às 12:11 por Redação Plox

A artrose na coluna, também conhecida como espondiloartrose, é uma condição degenerativa que não possui cura e afeta principalmente as articulações facetárias, que ligam as vértebras. Com o passar do tempo, essas articulações perdem cartilagem e desenvolvem osteófitos, popularmente chamados de “bicos de papagaio”. Esse desgaste compromete a mobilidade e pode gerar dores constantes.


Imagem Foto: FREPIK

Recentemente, especulações sobre um possível diagnóstico da doença no cantor Wesley Safadão ganharam destaque. No entanto, sua assessoria desmentiu o boato ao programa Hora da Venenosa, da Record, esclarecendo que o artista está tratando uma hérnia de disco, e não artrose.


Segundo o neurocirurgião Felipe Mendes, esse processo degenerativo pode levar à rigidez na coluna e até ao estreitamento do canal espinhal, por onde passam os nervos, intensificando os sintomas. Entre os sinais mais frequentes estão dores persistentes no pescoço ou nas costas, dificuldade para se movimentar e sensação de rigidez ao acordar. Em estágios mais avançados, a dor pode irradiar para os braços ou pernas, acompanhada de dormência, formigamento ou até fraqueza muscular.


As causas da artrose são diversas e incluem fatores como o envelhecimento natural, predisposição genética, sobrepeso, sedentarismo e microtraumas repetitivos — como má postura ou esforço físico exagerado. Embora possa afetar homens e mulheres, a condição tende a ser mais comum em mulheres após a menopausa, devido a alterações hormonais. Pessoas a partir dos 50 anos são as mais afetadas, mas indivíduos mais jovens com fatores de risco também podem desenvolver a doença precocemente.


Felipe Mendes destaca que a artrose é incurável porque a cartilagem articular não se regenera espontaneamente. Ele compara o desgaste ao de um pneu careca, explicando que a borracha, uma vez gasta, não se recompõe sozinha. Dessa forma, o tratamento visa aliviar a dor, preservar a mobilidade e retardar a progressão da doença.


As abordagens terapêuticas envolvem diversas estratégias, como fisioterapia, exercícios específicos para fortalecer a musculatura da coluna, reeducação postural, uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, além de infiltrações com corticoides e anestésicos nos casos mais graves. Na maioria das situações, não há necessidade de cirurgia.


“Tudo isso ajuda a reduzir a dor e melhorar a qualidade de vida, sem precisar de cirurgia na maioria dos casos”, conclui o especialista.


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