Janja repreende indígenas durante cerimônia com Lula no Xingu

Durante um encontro oficial realizado nesta sexta-feira (4) no Parque Nacional do Xingu, em Mato Grosso, a primeira-dama Janja da Silva protagonizou um momento de repreensão ao público indígena presente. Ao perceber manifestações vindas da plateia enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se preparava para discursar, Janja interveio diretamente, pedindo silêncio e atenção dos presentes.

Foto: FV

Com gestos firmes e tom de autoridade, ela pediu que todos se sentassem e ouvissem a fala do presidente. “Por favor, agora não, agora não. Sentem, agora não. O presidente vai falar”, declarou a esposa de Lula, dirigindo-se a pessoas que acenavam e chamavam o chefe do Executivo durante a solenidade.

O evento contou com a presença de diversas lideranças indígenas, incluindo o cacique Raoni, uma das figuras mais respeitadas na defesa dos direitos dos povos originários. Após uma reunião privada com o presidente, Raoni foi condecorado com a Ordem Nacional do Mérito, no grau Grã-Cruz — a mais alta distinção da honraria criada em 1946. A homenagem foi concedida “em razão dos relevantes serviços prestados em defesa dos direitos dos povos indígenas, da Floresta Amazônica e do meio ambiente”.

A cerimônia, marcada por simbolismo e tradição, foi registrada em vídeo e amplamente divulgada nas redes oficiais do governo federal. O momento em que Janja pede silêncio ao público também ganhou repercussão, gerando comentários e debates sobre a condução do evento e a relação do governo com os povos indígenas.