Integrantes do Independientes são barrados por teste positivo de covid em aeroporto de Salvador
Anvisa impediu que parte da delegação do clube deixasse o local depois de diagnóstico
Por Plox
05/05/2021 10h35 - Atualizado há cerca de 4 anos
Alguns integrantes do Independiente (oito jogadores e três membros da comissão) foram barrados pela Anvisa ao saírem do aeroporto de Salvador nessa segunda-feira (3). Depois de receberem diagnóstico positivo para covid-19, a agência impediu que saíssem do local. Eles vieram ao Brasil para o duelo do time contra o Bahia pela Sul-Americana.
O restante da delegação se dirigiu sem problemas para um hotel de Salvador.

Matías Martínez, repórter da rádio La Red, contou em seu Twitter que falou com os jogadores. Segundo o jornalista, eles disseram que dormiram seis horas e o frio que passaram causou desconforto nas pernas e na garganta.
O jornal Olé disse que os que foram diagnosticados com covid-19 permaneceram mais de seis horas no aeroporto sem se alimentar e beber água. Segundo o veículo, os integrantes do Independientes que foram impedidos de sair do local podiam viajar, pois tinham testado negativo em Buenos Aires.
Martínez chegou a postar no Twitter uma foto dos membros do clube barrados deitados no chão, situação que revoltou um dos integrantes da equipe.
O caso mobilizou o pedido de ajuda às autoridades. Foi solicitado o auxílio de Pablo Virasoro, cônsul da Argentina na Bahia, e Daniel Scioli, embaixador da Argentina no Brasil. Eles, entretanto, não puderam ajudar muito. Segundo Virasoro, os protocolos para averiguar se existe presença do vírus nos indivíduo é diferente nos países.
"O grupo principal foi liberado e 11 pessoas foram retidas. Aquele grupo teve que esperar no aeroporto. A Conmebol permite que os jogadores viajem e até joguem com um PCR positivo quando há um certo tempo entre a detecção inicial e o momento da partida", afirmou Virasoro ao Olé.
A Conmebol cancelou a partida entre Bahia e o Independientes, mas, acatando um pedido do clube argentino, mudou sua decisão.
No Twitter, o time criticou a forma como a delegação foi tratada no estado baiano. "As autoridades de saúde da Bahia nos maltrataram sem motivo, deixando-nos presos por mais de seis horas. Esperamos que este tipo de inconveniente não volte a acontecer e que sirva de precedente para futuras ocasiões que envolvam tanto a nossa instituição como quem participa num torneio internacional".