Mulher morre em Goiás depois de procedimento para aumentar o bumbum

A clínica onde ele se internou para realizar a intervenção era clandestina

Por Plox

05/05/2021 09h43 - Atualizado há cerca de 4 anos

Ronilza Johnson, de 46 anos, morreu no sábado (1°) em um hospital de Anápolis depois de complicações causadas por um procedimento para aumentar o bumbum. A clínica na qual ela se submeteu a esse procedimento estético era clandestina, conforme a Vigilância Sanitária, que inclusive fechou o estabelecimento.

Depois da complicação, Ronilza precisou ser internada no Hospital Municipal no dia 27 de março.

A delegada Cynthia Alves Costa, que comanda a investigação, falou que pode pedir a prisão preventiva dos suspeitos da morte de Ronilza. De acordo com ela, eles poderão responder por lesão corpora, seguida de morte e exercício ilegal da medicina, além de falsidade ideológica.

Mulher morre em Goiás depois de procedimento para aumentar o bumbum
Ronilza morreu depois de complicações causadas por intervenção para aumentar o bumbum Foto: Reprodução/TV Anhanguera

A investigação aponta que o responsável pelo procedimento, Lucas Santana, era biomédico, mas se passou por médico para Ronilza. Ele teria recebido o auxílio de um acadêmico de medicina para realizar o procedimento no bumbum e outras partes do corpo dela.

A delegada afirma que o biomédico usou polimetilmetacrilato, produto conhecido como PMMA, no procedimento. O uso não é proibido, entretanto a Sociedade Brasileira de Dermatologia não indica neste caso.

Ronilza estava no Brasil para visitar o pai, pois reside na Inglaterra com sua família. Ela resolveu se submeter à intervenção em março, depois de amigos terem indicado o procedimento.

Mulher morre em Goiás depois de procedimento para aumentar o bumbum
Foto: Reprodução/TV Anhanguera

O uso do polimetilmetacrilato provocou graves infecções no corpo da mulher e necrosaram e depois se transformaram em feridas. Ronilza se sentiu mal e foi internada no hospital. Depois disso, ela chegou a denunciar os suspeitos.

A delegada garantiu que os responsáveis pelo procedimento não agiam de acordo com a lei. "O procedimento foi feito de forma ilegal, o que já foi verificado. Ela passou mal uma semana depois e vizinhos chamaram uma ambulância", disse.

A polícia esteve na casa dos acusados e na clínica onde trabalham na sexta-feira (30) com mandados de busca e apreensão.

Um documento detalhando os serviços realizados em Ronilza apontam que o valor cobrado chegou a quase R $9 mil. Foi descoberto pela investigação também que Thierry Cardoso, estudante de medicina na Bolívia, participou do procedimento. Ainda no documento aparece o carimbo de Lucas Santana, o biomédico responsável pela intervenção.

A clínica na qual Lucas atuava não tinha alvará de funcionamento. 
 

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