Pesquisadores descobrem dinossauro inédito que viveu em São Paulo

'Arrudatitan maximus', a espécie do gênero existiu há 85 milhões de anos

Por Plox

05/05/2021 10h14 - Atualizado há quase 3 anos

Dinoussauros inéditos na paleontologia foram descobertos por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e pelo Museu de Paleontologia de Monte Alto (SP). Eles são um dos titanoussauros conhecidos como Arrudatitan e viveram no interior de São Paulo.

O Arrudatitan tem apenas uma espécie: o Arrudatitan maximus, um dino herbívoro de 22 metros que viveu há 85 milhões de anos. Essa espécie tinha um tamanho igual a um espaço ocupado por cinco carros em fileira.

O principal autor da pesquisa, o mestre em biologia Julian Junior e doutorando da USP, conta que no interior de São Paulo onde essa espécie foi encontrada podem ser encontrados outros vestígios de dinossauros que sejam da mesma família do Arrudatitan maximus,

"A região de Monte Alto é muito produtiva, então pode ser que sejam achados novos fósseis, de espécies que sejam parentes do Arrudatitan maximus e sejam incluídas neste novo gênero, que é exclusivo de São Paulo", diz o pesquisador.

Pesquisadores descobrem dinossauro inédito que viveu em São Paulo
 Dinossauro inédito que pesquisadores descobriram viveu em São Paulo

As conclusões do estudo foram publicadas na quinta-feira (29) na Historical Biology.  Além de contar com a participação de Junior, a pesquisa teve o auxílio de pesquisadores do Rio Grande do Norte e da Argentina.

A pesquisa concluiu, contrariando o que há anos se acreditava, que o Arrudatitan maximus não pertence aos Aelosaurus que viveram na Argentina.

O paleontólogo Fabiano Iori, do museu Monte Alto e um dos participantes da investigação, afirma que o que foi concluído no estudo dá uma feição mais regional para a paleontologia brasileira, além de cravar o ineditismo nela. A descoberta também, segundo ele, aclara o que se conhecia de titanossauros.

Foi em 1997, na cidade de Cândido Rodrigues (SP), que os fósseis do Arrudatitan maximus foram achados. O vendedor de frutas Ademir Frare e seu sobrinho Luiz Augusto são os responsáveis pela descoberta. Os dois avisaram do achado ao professor Antônio Celso de Arruda Campos, um dos que iniciaram a paleontologia em Monte Alto (SP).

Os pesquisadores responsáveis pela pesquisa colocaram o sobrenome de Antônio no gênero descoberto para homenageá-lo. O professor dirigiu muitas escavações na cidade.

 

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