Com 36 ciclones previstos, temporada de furacões 2025 pode ser uma das mais ativas

A temporada de ciclones tropicais de 2025 promete ser intensa e com ampla atividade nos oceanos que banham o México. Segundo informações divulgadas pela Secretaria da Marinha (Semar), os primeiros eventos devem ter início no dia 15 de maio no Oceano Pacífico Nordeste, enquanto no Oceano Atlântico a temporada começa oficialmente em 1º de junho. Em ambos os casos, o encerramento está previsto para 30 de novembro.

Foto:Divulgação/NOAALeia mais em: https://www.opovo.com.br/agencia/flipar/2025/01/08/veja-os-nomes-de-furacoes-programados-de-2025-a-2029.html
©2022 Todos os direitos são reservados ao Portal O POVO, conforme a Lei nº 9.610/98. A publicação, redistribuição, transmissão e reescrita sem autorização prévia são proibidas

Com base nos dados fornecidos pelo Centro Nacional de Furacões de Miami (NHC), o governo mexicano estima que 36 eventos ciclônicos devem ocorrer ao longo do ano. Esses eventos podem variar de depressões tropicais a furacões de categoria 5, o nível mais alto da escala Saffir-Simpson, o que eleva o grau de alerta.

No Oceano Pacífico, espera-se a formação de uma depressão tropical, oito tempestades tropicais, seis furacões de categoria forte e quatro furacões intensos. Já no Oceano Atlântico, a previsão aponta para duas depressões tropicais, sete tempestades tropicais, quatro furacões fortes e outros quatro de intensidade mais elevada.

A nomeação dos ciclones tropicais segue critérios definidos desde 1953 e supervisionados atualmente pela Organização Meteorológica Mundial (OMM). Os nomes são atribuídos a partir de listas rotativas que se renovam a cada seis anos. Caso algum dos ciclones se destaque pelo seu impacto destrutivo, seu nome poderá ser retirado e substituído futuramente.

Entre os nomes previstos para o Pacífico em 2025 estão Alvin, Barbara, Cosme, Dalila, Ivo, Juliette, Lorena, Mario, Narda, Priscilla e Zelda. No Atlântico, os nomes incluem Andrea, Barry, Chantal, Dexter, Erin, Gabrielle, Humberto, Imelda, Karen, Lorenzo, Olga e Wendy.

O Instituto Internacional de Pesquisa para o Clima e a Sociedade (IRI) também trouxe projeções climáticas para o período. Em maio, mês de abertura da temporada no Pacífico, a previsão indica chuvas acima da média nas regiões Centro e Sul do litoral pacífico, além de áreas do Golfo do México. No entanto, a Região Noroeste do país deve apresentar precipitações abaixo da média.

Para junho, a expectativa é de chuvas dentro ou acima dos valores normais em grande parte do território nacional, com exceção das regiões Nordeste e Sudeste, onde haverá déficit. Em julho, as chuvas diminuem na Península de Yucatán, enquanto se mantêm estáveis nas demais regiões.

A presença do fenômeno La Niña ou de condições neutras deve influenciar significativamente a atividade ciclônica em ambos os oceanos, aumentando a frequência e a proximidade dos ciclones tropicais. A fase da Oscilação Madden-Julian (MJO), que dura de 30 a 60 dias, também deverá ser levada em consideração ao longo da temporada.

Entre agosto e outubro, os especialistas preveem precipitações dentro dos padrões médios históricos, o que ainda assim pode representar riscos consideráveis diante do número elevado de eventos previstos para este ano.