Conheça o brasileiro e os outros favoritos à sucessão de Francisco como Papa
Vaticano recebe 133 cardeais nesta quarta (7) para eleger novo papa; entre os favoritos, nomes de diversas regiões e correntes ideológicas.
Por Plox
05/05/2025 08h19 - Atualizado há 15 dias
No Vaticano, os olhares do mundo se voltam para o conclave que terá início nesta quarta-feira (7), reunindo 133 cardeais com menos de 80 anos, com a missão de eleger o novo papa. A expectativa é grande, tanto entre fiéis quanto dentro da própria estrutura eclesiástica, sobre quem sucederá Francisco e quais rumos a Igreja Católica tomará após um papado marcado por reformas e aproximação com minorias e populações marginalizadas.

Francisco morreu no último dia 21 de abril, aos 88 anos. Desde então, a Igreja entrou no período conhecido como Sé Vacante, no qual não há pontífice oficial. A escolha de seu sucessor acontecerá nos próximos dias e reúne nomes de diferentes perfis, ideologias e regiões do mundo, refletindo a diversidade do colégio cardinalício.

Representando os Estados Unidos, Joseph Tobin, de 73 anos, carrega um histórico de abertura e enfrentamento de crises. Em Newark, lidou com um dos maiores escândalos da Igreja, adotando postura transparente diante das denúncias contra seu antecessor. É também defensor de imigrantes e dos direitos da comunidade LGBTQIA+.
"Em muitas partes da nossa igreja, pessoas LGBTQIA+ foram levadas a se sentirem indesejadas, excluídas e até mesmo envergonhadas" , escreveu o cardeal Tobin.
Ele pode se tornar o primeiro papa norte-americano.

Entre os cotados, o francês Jean-Marc Aveline se destaca por sua trajetória alinhada ao pensamento de Francisco, especialmente em temas como imigração e diálogo inter-religioso. Nascido na Argélia, viveu na França e construiu uma carreira sólida, culminando em sua promoção a cardeal em 2022. Sua organização de uma conferência internacional sobre o Mediterrâneo, com a presença do papa, fortaleceu sua visibilidade.





De Malta vem Mario Grech, secretário-geral do Sínodo dos Bispos, que evoluiu ideologicamente ao longo do tempo. De um início conservador, passou a defender maior inclusão de pessoas LGBTQIA+ na Igreja, sendo elogiado por Francisco por seu discurso nessa direção.


Matteo Maria Zuppi, italiano, arcebispo de Bolonha, 69 anos — Foto: Vatican News/Divulgação
Por fim, Matteo Zuppi, da Itália, ganha força como possível retorno de um italiano ao papado, algo que não acontece desde 1978. Com uma abordagem próxima ao estilo de Francisco, Zuppi é conhecido por sua atuação junto a migrantes e populações vulneráveis, embora enfrente críticas pela lentidão na resposta a casos de abuso na Igreja Italiana.
A expectativa é que nos próximos dias o novo líder máximo da Igreja Católica seja escolhido, encerrando o período de transição e iniciando um novo capítulo na história do Vaticano.