Deputado pede apreensão de armas em gabinete de colega na Câmara
Rogério Correia (PT-MG) quer que armas levadas por Delegado Caveira (PL-PA) ao Congresso sejam recolhidas pela Polícia Legislativa
Por Plox
05/05/2025 09h32 - Atualizado há 18 dias
O clima esquentou na Câmara dos Deputados após o deputado federal Rogério Correia, do PT de Minas Gerais, apresentar uma representação solicitando a busca e apreensão de armas de fogo no gabinete do colega Delegado Caveira, parlamentar do PL do Pará. O pedido foi protocolado no sábado, dia 3 de maio, e direcionado à presidência da Casa Legislativa.

Segundo a denúncia, Delegado Caveira teria levado ao seu gabinete um fuzil calibre 5.56mm e uma pistola calibre .40. Os armamentos teriam sido exibidos a visitantes e assessores, atitude que foi documentada em imagens divulgadas nas redes sociais. O próprio deputado admitiu estar portando as armas dentro do Congresso, justificando-se por se sentir ameaçado e por ser policial civil licenciado.
Correia, no entanto, questiona essa defesa. Ele argumenta que, mesmo com formação policial, os parlamentares devem seguir as regras específicas impostas pela Câmara. A entrada com armamento, sem registro prévio ou autorização formal, pode ser caracterizada como infração disciplinar, conforme destacou o mineiro.
O deputado petista ainda solicitou que o caso seja comunicado à Corregedoria Parlamentar para investigar possíveis violações administrativas e disciplinares. Além disso, requereu que os autos sejam encaminhados ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar e à Procuradoria-Geral da República (PGR), para que se avalie a possibilidade de um crime ter sido cometido.
\"Qualquer dia um deles tira a vida de alguém que queira debater ideias\", declarou Correia, ao criticar o comportamento da chamada 'bancada da bala' e alertar para o risco de violência no ambiente legislativo.
Até o momento da publicação desta matéria, nem Delegado Caveira nem a presidência da Câmara se pronunciaram sobre o caso. A equipe de reportagem segue acompanhando o desdobramento da situação e atualizará a matéria caso haja manifestações oficiais.
A tensão entre parlamentares e o uso de armamentos no interior do Congresso reacende o debate sobre os limites da atuação de deputados com histórico policial, e o equilíbrio entre segurança pessoal e respeito às normas institucionais.