Governador da Bahia se desculpa por fala sobre Bolsonaro
Jerônimo Rodrigues afirmou que sua declaração foi tirada de contexto e reforçou ser um homem de fé
Por Plox
05/05/2025 17h38 - Atualizado há 2 dias
Durante uma visita às obras de reforma do Teatro Castro Alves, em Salvador, nesta segunda-feira (5), o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), se manifestou publicamente pedindo desculpas após a repercussão de uma declaração considerada ofensiva. O comentário havia sido feito na última sexta-feira (2), durante a entrega de um colégio estadual na cidade de América Dourada, no interior baiano.

Na ocasião, o governador criticou duramente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores, relacionando-os de forma controversa à pandemia. Em suas palavras, Rodrigues mencionou o uso de uma retroescavadeira — chamada de “enxedeira” — para colocar “todo mundo pra vala”, referindo-se a Bolsonaro e àqueles que votaram nele. A frase gerou forte repercussão nas redes sociais e foi alvo de críticas de adversários políticos, além de representar o início de uma nova crise política.
Após a repercussão negativa, Jerônimo afirmou que sua fala foi tirada de contexto e reiterou que não tinha a intenção de desejar a morte de ninguém.
\"Reconheço que foi um termo infeliz, foi um termo ali do calor da fala. O termo 'vala' não combinou. Já pedi desculpas por isso\"
, afirmou o governador. Ele também destacou que é uma pessoa religiosa e de família: “Eu sou um homem de igreja, tenho fé em Deus. Jamais eu faria comparação do termo ‘vala’ com a morte”.
O governador explicou que estava expressando sua indignação com a forma como o país foi conduzido durante a pandemia, e que usou um exemplo forte para reforçar esse sentimento. No entanto, disse não ter problema em reconhecer eventuais excessos: “Se o termo vala foi pejorativo ou forte, eu peço desculpas. Não houve intenção nenhuma de desejar a morte de ninguém”.
Rodrigues reforçou a importância de a política ser feita com coragem e responsabilidade, e concluiu afirmando que sua fala, apesar de polêmica, deve ser compreendida dentro de um contexto emocional e não como uma ameaça literal.