Governo de Minas convoca produtores rurais para atualizarem os dados de animais
Produtores que não declararem os dados dos animais até 30 de junho não poderão comercializar nem transportar seus rebanhos
Por Plox
05/05/2025 14h10 - Atualizado há 17 dias
Os produtores rurais de Minas Gerais têm até o dia 30 de junho para realizar a Atualização de Rebanho 2025 junto ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). A medida é obrigatória e regulamentada pela Portaria nº 2227/2023, que determina a declaração atualizada dos animais existentes nas propriedades em todo o território mineiro.
A exigência abrange uma ampla gama de espécies: bovinos, bubalinos, equinos, muares, asininos, ovinos, caprinos, suínos, aves, animais aquáticos e abelhas. A atualização pode ser feita online, pelo Portal do Produtor no site do IMA, ou presencialmente nas unidades do órgão.

Segundo João Victor Strapazzon, médico veterinário do IMA em Janaúba, com o reconhecimento de Minas Gerais como estado livre de febre aftosa sem vacinação pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a vacinação deixou de ser necessária. Agora, o foco se volta à atualização cadastral dos rebanhos.
As informações exigidas incluem número total de animais por espécie, nascimentos, óbitos, faixa etária, sexo e evolução de idade dos animais. O número de nascimentos também deve ser compatível com a quantidade de fêmeas em idade reprodutiva.
O produtor que não cumprir o prazo ficará impedido de emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento essencial para a movimentação de animais entre propriedades, municípios e estados. Sem a GTA, não é possível comercializar, transportar ou participar de feiras e eventos agropecuários.

Minas Gerais possui um dos rebanhos mais expressivos do país. Os dados do IMA em 2024 registraram mais de 24 milhões de bovinos, 156,7 milhões de aves, 3,6 milhões de codornas, 4 milhões de suínos, 557 mil colmeias de abelhas, mais de 500 mil equinos, 167 mil ovinos, 35 mil caprinos, 88 mil bubalinos, 69 mil muares e 2 mil propriedades com criação de animais aquáticos.
Além de reforçar a defesa sanitária e a rastreabilidade da produção animal, a atualização é essencial para que Minas alcance o status de zona livre de febre aftosa sem vacinação em nível internacional, título concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Com isso, produtos mineiros podem ganhar acesso a mercados exigentes como China e Canadá, aumentando sua competitividade global.