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A produção de ovos caipiras em Minas Gerais teve um salto expressivo em 2024, com crescimento superior a 25% em relação ao ano anterior. De acordo com estimativas da Emater-MG, a quantidade passou de 17,5 milhões de dúzias em 2023 para cerca de 22,1 milhões no último ano.
Foto: Divulgação Emater MG Esse aumento reflete a mudança de comportamento tanto dos consumidores, preocupados com o bem-estar animal, quanto dos produtores, especialmente os de menor porte, que optam por um modelo mais natural de criação.
Na criação caipira, as galinhas não são confinadas em gaiolas, como ocorre na produção industrial. Em vez disso, elas têm acesso a áreas abertas, chamadas piquetes, onde podem ciscar livremente e se alimentar de insetos, gramas, sementes, além da ração tradicional. Segundo a engenheira agrônoma Márcia Portugal, coordenadora técnica da Emater, essa liberdade proporciona uma alimentação mais variada e uma qualidade superior nos ovos.
O potencial do mercado também atraiu o casal Iara Britto e seu esposo, que retornaram da Europa após quase duas décadas vivendo entre Portugal, França, Bélgica e Suíça. Em Engenheiro Dolabela, distrito de Bocaiúva, eles iniciaram a criação com 700 galinhas. Desde março, quando as aves começaram a botar, produzem cerca de 500 ovos por dia. A rotina virou conteúdo no YouTube, no canal "O Rei do Ovo".
Pensando na qualidade e segurança do produto, os próprios produtores solicitaram ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) a criação de um selo de certificação, que garante a rastreabilidade do ovo caipira. Com ele, o consumidor tem acesso à origem do alimento, e os produtores passam a receber orientações sobre o ambiente de criação, alimentação e manejo das aves.
“O selo permite agregar valor ao produto e abrir portas para novos mercados”, explica Márcia. Ela ressalta que a certificação também traz segurança alimentar, uma vez que ovos mal manejados podem transmitir doenças.
A Emater-MG alerta que, apesar dos números expressivos, a produção real pode ser ainda maior. Muitos criadores operam de forma doméstica e fora do alcance das estatísticas oficiais, o que pode comprometer o desempenho e a legalização do produto no mercado.