Partidos mineiros aceleram articulações para as eleições de 2026

Com pesquisas internas e movimentações digitais, legendas antecipam estratégias para escolher candidatos a cinco cargos eletivos

Por Plox

05/05/2025 09h45 - Atualizado há 14 dias

Faltando cerca de um ano e meio para as eleições gerais de 2026, os partidos políticos em Minas Gerais já se movimentam intensamente nos bastidores, buscando definir os nomes que estarão nas urnas para os cargos do Executivo estadual e das casas legislativas.


Imagem Foto: Agência Brasil


Apesar de as candidaturas só poderem ser registradas a partir de julho do próximo ano, as legendas iniciaram a coleta de dados por meio de pesquisas internas e articulações estratégicas. Com essas sondagens, ainda não registradas na Justiça Eleitoral por não serem exigidas antes do ano eleitoral, os partidos avaliam o desempenho de possíveis candidatos e orientam negociações com siglas aliadas.



Além disso, nas redes sociais, muitos pré-candidatos têm intensificado sua presença digital, utilizando novas estratégias de comunicação para se aproximar do eleitorado. As atenções não se concentram apenas nas disputas para os cargos de governador e presidente, mas também na formação de chapas competitivas para deputado federal e estadual, fundamentais para o cumprimento da cláusula de barreira. Em 2026, essa regra exigirá que os partidos elejam ao menos 13 deputados federais em nove Estados ou alcancem 2,5% dos votos válidos distribuídos proporcionalmente pelo país para garantir acesso ao Fundo Partidário e à propaganda eleitoral gratuita.



Entre os partidos que estão em estágio mais avançado nas definições está o Novo, que comanda o governo estadual. Desde o fim de 2024, o vice-governador Mateus Simões é tratado internamente como o principal nome da sigla para disputar o governo de Minas. O presidente estadual do partido, Christopher Laguna, destacou a prioridade em eleger deputados estaduais e federais, após não atingir a cláusula de barreira em 2022. Para isso, são cogitadas candidaturas como a do vereador Bráulio Lara para a Câmara dos Deputados e das vereadoras Fernanda Pereira Altoé e Marcela Trópia para a Assembleia Legislativa. O secretário de Estado de Cultura, Leônidas Oliveira, também é ventilado para a Câmara Federal.



No Partido Liberal (PL), o presidente estadual Domingos Sávio afirma que a sigla participará ativamente da disputa pelo governo de Minas, seja com candidatura própria ou em aliança. Um dos nomes em análise é o do deputado federal Nikolas Ferreira, o mais votado do país em 2022, embora o nome do senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) também seja cogitado no campo da direita. Sávio revelou ainda que o partido já discute os nomes para concorrer às vagas na Câmara e na Assembleia, entre eles os vereadores de BH Pablo Almeida e Vile, considerados fortes candidatos.



Na esquerda, o Partido dos Trabalhadores (PT) ainda enfrenta dificuldades para definir um nome próprio. Segundo o presidente estadual da legenda, Cristiano Silveira, a tendência é apoiar uma eventual candidatura do senador Rodrigo Pacheco (PSD), que até o momento não confirmou participação na corrida eleitoral. O presidente estadual do PSD, Cássio Soares, preferiu não comentar sobre os planos da sigla para 2026.



As eleições do próximo ano vão envolver a escolha de presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais. Em Minas Gerais, estarão em disputa 53 vagas para a Câmara dos Deputados e 77 para a Assembleia Legislativa. Para cada uma dessas casas, os partidos ou federações podem lançar até um nome a mais do total de vagas, ou seja, 54 e 78, respectivamente. No Senado, serão eleitos dois representantes por Estado, e a escolha será feita por maioria simples, no sistema majoritário.


“Entendemos que há vereadores com votações muito expressivas que podem vir a pleitear um cargo maior”, justificou Domingos Sávio, presidente estadual do PL.

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