Perícia confirma veneno em açaí que matou bebê de 8 meses no RN

Os exames realizados pela perícia da Polícia Civil do Rio Grande do Norte confirmaram que o açaí consumido por uma bebê de oito meses e por uma mulher de 50 anos estava contaminado com veneno. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (5).

Foto: Reprodução

A tragédia aconteceu em Natal, no dia 14 de abril, quando Yohana Maitê Filgueira Costa, de apenas oito meses, passou mal após ingerir o alimento e morreu ainda na Unidade de Pronto Atendimento da Cidade da Esperança. Geisa de Cássia Tenório Silva, prima de segundo grau da criança, também consumiu o mesmo açaí e precisou ser internada em estado grave na UTI do Hospital Regional de Macaíba. Ela recebeu alta no dia 30 de abril.

O caso começou com uma série de entregas misteriosas na casa da família. No dia 13 de abril, o primeiro pacote foi entregue: um urso de pelúcia e chocolates acompanhados de uma mensagem romântica, endereçada a Geisa: “depois que te perdi foi que percebi que te amo”. Embora o conteúdo tenha sido consumido, ninguém apresentou sintomas.

Já no dia seguinte, 14 de abril, chegou à residência um novo presente — um pote de açaí com granola. Tanto Geisa quanto a bebê comeram o produto e passaram mal. Geisa chegou a ser medicada e recebeu alta inicialmente, relatando estar bem no dia seguinte.

No entanto, em 15 de abril, uma nova porção de açaí foi entregue à casa da família. Geisa consumiu o alimento novamente e, em cerca de 15 minutos, passou mal. Ela foi levada com urgência à UPA e precisou ser internada em estado grave. Foi a partir desse ponto que os médicos suspeitaram de envenenamento, orientando os familiares a acionarem a polícia.

As autoridades ainda investigam a origem das entregas e quem seria o responsável por enviar os presentes à família. A substância venenosa presente no alimento ainda não teve sua identidade divulgada pela polícia.

A confirmação de que o açaí estava envenenado lança uma nova luz sobre o caso, transformando uma tragédia familiar em uma investigação criminal de alta complexidade. As autoridades continuam buscando respostas sobre a autoria e motivação do crime.