Desigualdade socioeconômica em Minas Gerais: o contraste entre riqueza e pobreza
Segundo o Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV Social), que avaliou a distribuição de renda no Brasil em 2020, das dez cidades mineiras mais pobres, nove pertencem à região Norte do estado.
Por Plox
05/06/2023 09h31 - Atualizado há quase 2 anos
A desigualdade socioeconômica, um dos principais desafios enfrentados pelo Brasil, tem reflexos marcantes em seu território, especificamente no estado de Minas Gerais. Nesse cenário, o contraste entre a prosperidade de Nova Lima, município detentor da maior concentração de riqueza por metro quadrado do país, com uma renda média per capita de R$ 8.897, e a vulnerabilidade de Verdelândia, cidade com renda média de apenas R$ 62 por pessoa, chama a atenção.
Segundo o Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV Social), que avaliou a distribuição de renda no Brasil em 2020, das dez cidades mineiras mais pobres, nove pertencem à região Norte do estado.

Região Norte de Minas Gerais: protagonista da desigualdade
Dentre as cidades mais carentes do estado, destacam-se:
Verdelândia, com uma população de 9.527 habitantes, cuja economia se baseia na agropecuária, especialmente na produção de bananas e na criação de gado.
São João do Pacuí, município com 4.476 habitantes e uma renda média per capita de R$ 78,150, tendo como principal atividade econômica a agricultura e pecuária de subsistência.
Cônego Marinho, com 7.730 habitantes e renda média de R$ 86,68 por pessoa. A economia local é sustentada pelo artesanato de barro e pela produção de cachaça.
Matias Cardoso, localizada na divisa com a Bahia, abriga 11.360 habitantes e tem renda média de R$ 87,48 por pessoa. A cidade foi fundamental no comércio de alimentos e criação de gado durante o século XVII.
Fruta de Leite, com 5.232 habitantes, tem a economia baseada na agricultura familiar. Sua renda média é de R$ 87,60 por pessoa.
Pedras de Maria da Cruz, cidade com 12.313 habitantes, cuja renda média é de R$ 88,66 por pessoa. A agricultura e a pecuária são as principais atividades econômicas locais.
Pintópolis, com 7.540 habitantes, tem como principal atividade econômica a extração de carvão vegetal, agricultura e pecuária, com uma renda média per capita de R$ 88,89.
Mamonas, com uma população de 6.565 habitantes e renda média de R$ 89,02 por pessoa, tem como principal atividade econômica a agricultura familiar e a produção de cachaça.
Santo Antônio do Retiro, com 7.316 habitantes e renda média de R$ 90,29 por pessoa, abriga o Parque Ecológico Cultural Serra do Sucuruiu, um importante patrimônio natural.
A única cidade fora da região Norte na lista é **Monte Formoso