Maioria dos casos de febre oropouche estão concentrados na região do Vale do Aço

Três casos identificados na URS de Belo Horizonte são importados de Santa Catarina e já foram notificados ao estado

Por Plox

05/06/2024 09h39 - Atualizado há 3 meses

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou que o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-MG), da Fundação Ezequiel Dias (Funed), identificou 72 amostras positivas para a febre oropouche entre 427 amostras de casos suspeitos de arboviroses. Essas amostras, coletadas entre março e abril de 2024 e analisadas em maio, apresentaram resultados negativos para dengue, zika e chikungunya. A maior parte dos casos confirmados está concentrada na região do Vale do Aço.

Foto: Governo de MG / Divulgação

 

Distribuição dos casos confirmados

  • Joanésia: 30 casos
  • Coronel Fabriciano: 26 casos
  • Timóteo: 11 casos
  • Ipatinga: 2 casos
  • Congonhas: 1 caso
  • Gonzaga: 1 caso
  • Marliéria: 1 caso

Além disso, três casos identificados na URS de Belo Horizonte são importados de Santa Catarina e já foram notificados ao estado.

Foto: Rafael Mendes

 

Vigilância ativa

Como parte da estratégia de vigilância ativa, o vírus da oropouche foi pesquisado em amostras coletadas em municípios de 14 das 28 Unidades Regionais de Saúde (URS) do estado. No entanto, até agora, os casos confirmados estão majoritariamente concentrados na região do Vale do Aço.

O que é a febre oropouche?

A febre oropouche é uma doença causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. Seus sintomas são semelhantes aos da dengue e da chikungunya, incluindo dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia. O diagnóstico da doença é feito por meio de avaliação clínica, epidemiológica e laboratorial. Qualquer caso confirmado deve ser notificado pelo município no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

Tratamento e cuidados

Atualmente, não há vacinas ou medicamentos antivirais específicos para a febre oropouche. O tratamento é voltado para o alívio dos sintomas, e a evolução dos casos geralmente é benigna, com resolução em aproximadamente uma semana. "O paciente deve fazer repouso e tomar medicamentos para dor, febre ou para controlar o vômito. Os casos que evoluem com complicações, como os quadros neurológicos ou de hemorragia devem ser acompanhados por um médico e, algumas vezes, precisam de internação", reforça a médica do Cievs-MG, Flávia Cruzeiro.

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