Quadrilha que furtava bancos em MG e outros cinco estados é presa; prejuízo supera R$ 2 milhões

Acusados de roubos milionários a bancos em seis estados, os integrantes da quadrilha foram localizados e presos em operação interestadual

Por Plox

05/06/2025 07h14 - Atualizado há 19 dias

Após meses de investigação, cinco integrantes de uma quadrilha especializada em assaltos a bancos foram presos em uma operação que envolveu forças policiais de diversos estados. A Polícia Civil do Espírito Santo, com apoio da Polícia Rodoviária Federal, deflagrou a Operação Serra Sede, que culminou nas prisões realizadas no dia 15 de maio em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.


Imagem Foto: Divulgação


Os criminosos vinham sendo monitorados desde fevereiro, quando uma agência bancária na cidade da Serra, na Grande Vitória, foi invadida e teve R$ 500 mil levados. O grupo operava de forma meticulosa, escolhendo alvos com base em estudos prévios e executando os crimes durante fins de semana e feriados, períodos em que as agências bancárias ficam mais vulneráveis.



De acordo com o delegado Gabriel Monteiro, do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), a quadrilha era formada por Ricardo Moreira Gomes, 34 anos, apontado como o líder, responsável por toda a logística e planejamento dos crimes; Maikon Ferraz Gonçalves, 35; Leonardo Costa de Souza, 39; Paulo Cezar Teotonio da Silva, 39; e Rondinelli Batista Antônio, também de 39 anos. Todos eram de fora do Espírito Santo e tinham funções bem definidas dentro da organização.



O grupo visava, principalmente, agências do Sicoob (Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil). Durante os ataques, os criminosos desligavam o fornecimento de energia elétrica dos locais, o que desativava os sistemas de videomonitoramento. Com ferramentas específicas, arrombavam portas e cofres, furtando grandes quantias em dinheiro. Segundo as investigações, o prejuízo causado ultrapassa os R$ 2 milhões.


Paulo era o especialista em arrombamentos, enquanto Leonardo e Maikon eram encarregados da retirada do dinheiro. Rondinelli atuava como vigia, monitorando a movimentação da polícia e da segurança privada. Ricardo, além de planejar as ações, também cuidava do deslocamento do grupo e da hospedagem nas cidades-alvo, onde passavam até quatro dias estudando os locais antes de agir.



Em Vila Velha, uma tentativa de roubo foi frustrada pelo restabelecimento da energia, o que impossibilitou o prosseguimento do crime. Nenhuma quantia em dinheiro foi apreendida durante a operação, o que levou a polícia a suspeitar de ocultação e lavagem dos valores obtidos ilegalmente. Uma das pistas obtidas durante a investigação veio de um telefone apreendido, que apontou a possível participação da mãe de Ricardo na ocultação do dinheiro roubado.


\"A genitora do chefe da quadrilha estava ocultando, lavando esse dinheiro. Nós pedimos que, se houver outra instituição financeira que tenha sido vítima desses criminosos, que procure o Deic\"

, declarou o delegado Monteiro.

Além das agências na Grande Vitória, o grupo também cometeu ou tentou cometer crimes nos estados do Maranhão, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Rio de Janeiro. O caso segue em investigação, e a polícia trabalha para localizar outras possíveis vítimas da quadrilha.



Os cinco presos responderão pelos crimes de furto, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A Polícia Civil do Espírito Santo informou que irá compartilhar as informações com outras polícias estaduais para evitar que os criminosos voltem a agir.


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