Rejeição a Lula atinge 66% e apoio à reeleição despenca, mostra pesquisa Quaest

Desgaste político e surgimento de nomes da direita influenciam queda histórica nos índices de apoio ao presidente

Por Plox

05/06/2025 07h55 - Atualizado há 8 dias

Os números mais recentes da pesquisa Genial/Quaest trouxeram um retrato preocupante para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), às vésperas da disputa eleitoral de 2026. O levantamento apontou que 66% dos brasileiros são contrários à tentativa de reeleição do atual chefe do Executivo, o maior índice de rejeição já registrado na série histórica da consultoria.


Imagem Foto: Presidência


Em contraste com a rejeição crescente, o apoio a uma nova candidatura de Lula sofreu queda significativa. Atualmente, apenas 32% dos entrevistados manifestaram intenção de apoiar sua continuidade no cargo, uma redução de 13 pontos percentuais em comparação com dezembro do ano passado, quando o índice era de 45%. Esse é o menor patamar já registrado desde o início das medições.



O levantamento foi feito de forma presencial entre os dias 29 de maio e 1º de junho deste ano. Ao todo, foram ouvidas 2.004 pessoas em 120 municípios brasileiros. A pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais e um nível de confiança de 95%.


Essa mudança no humor do eleitorado ocorre em um momento de desgaste do governo federal e diante da crescente consolidação de figuras da direita no cenário político. Entre os nomes que ganham força como possíveis adversários em 2026 estão Tarcísio de Freitas (atual governador de São Paulo), Michelle Bolsonaro e o governador paranaense Ratinho Junior.


\"A rejeição de Lula alcança 66% e o apoio à reeleição cai ao menor nível da série histórica\", destaca o instituto Quaest

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Além dos números sobre intenção de voto e rejeição, a pesquisa também indica um ambiente mais competitivo para Lula em simulações de segundo turno. Nesses cenários, os principais nomes da oposição aparecem tecnicamente empatados com o presidente, reforçando um quadro de instabilidade e incerteza sobre a sucessão presidencial.



Os dados divulgados nesta quinta-feira (5) coincidem com um período de avaliação estratégica dentro do governo, que estuda mudanças na comunicação institucional. Uma das possibilidades consideradas por Lula é a nomeação de Sidônio Palmeira para comandar a Secretaria de Comunicação (Secom), em uma tentativa de melhorar a imagem da gestão junto à população.


A pesquisa vem reforçar o cenário de pressão sobre o Palácio do Planalto, exigindo movimentações políticas e comunicacionais para reverter a curva negativa de aprovação do governo.



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