Teste do Pezinho agora detecta 60 doenças em Minas e salva vidas; médica da FSFX reforça importância

Um gesto rápido, realizado entre o terceiro e o quinto dia de vida de um bebê, pode significar a diferença entre uma vida saudável e sérias complicações de saúde. Trata-se do Teste do Pezinho, exame obrigatório e gratuito oferecido pelas unidades básicas de saúde em todo o Brasil.

Em Minas Gerais, o alcance dessa ferramenta de triagem neonatal foi significativamente ampliado. Em 2023, o Estado rastreava 23 doenças por meio do teste. Agora, em 2025, o número subiu para 60 enfermidades detectáveis, incluindo distúrbios metabólicos, genéticos e infecciosos.

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A pediatra da Fundação São Francisco Xavier, Dra. Vanessa Menezes Azevedo, destaca que o exame é fundamental para o desenvolvimento saudável da criança. “O teste do pezinho é capaz de diagnosticar precocemente diversas doenças metabólicas, genéticas e infecciosas. Algumas dessas doenças são muito raras e extremamente graves. Se não forem tratadas a tempo, podem comprometer severamente o desenvolvimento e até a vida da criança”, explica.

A coleta do exame é feita por meio de um simples furinho no calcanhar do recém-nascido, de onde é retirada uma gota de sangue. Apesar da obrigatoriedade e da simplicidade do processo, ainda há famílias que deixam de levá-los para a realização no período ideal. “Algumas famílias, por desconhecimento da importância do teste, acabam deixando de levá-los. Por isso, é essencial reforçar que esse exame é um direito da criança e um dever de todos, enquanto sociedade, garantirem que ele seja realizado”, afirma a médica.

O Sistema Único de Saúde oferece gratuitamente um teste abrangente, que se diferencia do Teste do Pezinho Máster oferecido em laboratórios privados. “O Teste Máster pesquisa doenças que não estão incluídas na versão do SUS, como a deficiência de G6PD e o citomegalovírus. Por outro lado, o SUS investiga condições importantes como a atrofia muscular espinhal, que não está incluída no exame privado. Por isso, os dois testes se complementam”, esclarece Dra. Vanessa.

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O principal objetivo do teste é garantir que o tratamento, quando necessário, comece antes mesmo do aparecimento dos sintomas. Atrasos no diagnóstico podem causar danos irreversíveis. “Se a criança tem uma dessas doenças e não é diagnosticada precocemente, quando os sintomas surgem, muitas vezes já não conseguimos reverter os danos, mesmo com o início do tratamento”, alerta.

A boa notícia é que, em Minas, a adesão ao teste vem sendo alta, impulsionada pelo esforço das unidades de saúde que realizam busca ativa por recém-nascidos. Ainda assim, a conscientização das famílias segue sendo essencial.

Para a pediatra da FSFX, o exame vai além da medicina: “Eu diria para os pais que a realização do teste do pezinho é um ato de amor e cuidado com a vida dos seus filhos. É uma oportunidade de diagnosticar e tratar doenças que podem levar à morte. E caso seja identificada alguma alteração, todo o acompanhamento com especialistas é garantido pela rede pública”.

Sobre a Fundação São Francisco Xavier

Com atuação desde 1969, a Fundação São Francisco Xavier é uma entidade filantrópica que hoje conta com cerca de 6.200 colaboradores. A instituição é responsável por duas unidades hospitalares: o Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga, com cerca de 70% dos atendimentos realizados via SUS; e o Hospital Municipal Carlos Chagas, em Itabira, com 100% de atendimento pelo SUS.

A Fundação também administra a operadora Usisaúde, que possui mais de 200 mil vidas, além do Centro de Odontologia Integrada, o Serviço Vita de Saúde Ocupacional, Segurança do Trabalho e Meio Ambiente, e o Colégio São Francisco Xavier, referência educacional na região com cerca de 2 mil alunos.

Leve seu bebê entre o 3º e o 5º dia de vida à unidade de saúde mais próxima. Um simples gesto pode garantir um futuro cheio de possibilidades, saúde e vida.