Diretora do Banco Central é terceira mulher na diretoria da instituição em meio século
Em breve, a economista Fernanda Feitosa Nechio chegará à instituição, também como diretora
Por Plox
05/07/2019 15h23 - Atualizado há mais de 5 anos
Em mais de meio século de existência, até o ano passado, apenas três mulheres chegaram a cargos de diretoria no Banco Central do Brasil. Mas Carolina de Assis Barros faz parte deste quadro distinto desde 2018, e espera para breve a chegada de mais uma representante do sexo feminino no cargo executivo: a economista Fernanda Feitosa Nechio. Nunca na história da instituição houve duas mulheres na diretoria. Para se ter ideia, 77% dos empregados são homens e 23% das servidoras são mulheres.
Diretora é uma das três na história do Banco Central- Foto: Flickr/Carolina de Assis Barros
Carolina atua na instituição há quase 20 anos, em outros cargos. Mas desde que foi nomeada diretora, sempre se reúne com outros oito diretores, todos do sexo masculino, no Comitê de Política Monetária (Copom), que é uma das mais importantes no que diz respeito à política econômica do Brasil. A executiva é sempre bem tratada pelos homens e não precisa lidar com resistência em relação aos colegas, que não existem. “Eu sempre fui tradada em condições de igualdade desde o meu primeiro dia. Meu tom de voz é mais suave, o tom de voz das mulheres tem que ser diferente, e eu não tenho que elevar o tom de voz para ser ouvida”, declara.
Para Carolina, é “um momento histórico ter duas mulheres na diretoria colegiada, em um grupo de nove pessoas”, celebrou. Ela já atuou no Departamento de Comunicação, na chefia, e também trabalhou como foi chefe de gabinete da Presidência e da Diretoria de Administração. Para a diretora, há um diferencial no trabalho das mulheres, que segundo ela, são “muito detalhistas, muito cuidadosa e entregam suas tarefas “bem-acabadas”, acredita.
Atualizada às 17h15